Em debate na Câmara Federal, o deputado alagoano Paulão condenou as reformas do governo Michel Temer – Previdenciária e Trabalhista – e chamou a atenção para um problema que tende a recrudescer no País, a partir da terceirização, que são os acidentes de trabalho.
Segundo o deputado, de cada 5 mortes por acidentes de trabalho no Brasil, na atualidade, 4 são de trabalhadores terceirizados. Da tribuna ele destacou que vem alertando os trabalhadores alagoanos sobre as reformas que considera criminosas.
“Tenho participado de audiências públicas sobre os dois temas, como na última segunda-feira, 17 em Arapiraca, em sessão da Câmara Municipal de lá, mostrando a necessidade de uma reação mais efetiva dos trabalhadores brasileiros”, disse o deputado.
Estatísticas – Paulão observou que os acidentes e as mortes no trabalho representam faceta mais terrível da terceirização no país. Disse que dados estatísticos comprovam que os trabalhadores terceirizados estão muitos mais sujeitos a infortúnios no local de trabalho do que os trabalhadores contratados diretamente. Mostrou que de cada 10 acidentes de trabalho, 8 acontecem com terceirizados; de cada 5 mortes por acidente de trabalho, 4 são de terceirizados.
Ainda segundo o deputado, a falta de investimento em segurança e de treinamento e a pouca capacidade técnica e econômica das empresas contratadas são os principais fatores. Setores como o da construção civil, o petrolífero e o elétrico estão dentre os campeões de acidentes de trabalho entre terceirizados.
De acordo com o deputado, apenas em 2011, das 79 mortes corridas no setor elétrico, 61 foram de trabalhadores de empresas terceirizadas (dados da Fundação Comitê de Gestão Empresaria – COGE).
Os números alarmantes, disse ele impactam profundamente nos cofres do Sistema Único de Saúde e da Previdência Social, gerando gastos com atendimentos hospitalares e com pagamento de benefícios previdenciários, impactando negativamente todo o sistema de Seguridade Social. Esses números, declarou, foram levantados pela Justiça do Trabalho.