19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Paulão pede audiência a RF para debater homicídios de moradores de rua

Deputado lamenta morte trágica do anarquista político Nô Pedrosa, com quem tinha estado horas antes.

O deputado federal Paulão (PT), presidente da Comissão de Direitos Humanos e Minorias da Câmara dos Deputados, pediu audiência ao governador Renan Filho (PMDB) para tratar discutir os crescente número de homicídios das pessoas em situação de rua em Maceió.

Renan Filho e Paulão: audiência futura.

Paulão participou da inauguração do Programa Vida Nova nas Grotas, nas comunidades de Macaxeira e Senhor do Bonfim, quando se encontrou com o governador e acertou para discutirem a questão dos homicídios, em agenda a ser marcada ainda esta semana.

A morte veio depois –  O deputado havia participado no dia 23 do ato pela paz dos moradores de rua de Maceió, quando na oportunidade esteve presente o militante político e anarquista Nô Pedrosa, que foi assassinado horas depois de ter assistido ao encontro na praça Dom Pedro II ou a praça da Assembleia Legislativa.

Nô Pedrosa (de mão no queixo) no dia em que foi assassinado.

Paulão disse que a história do assassinato de Nô Pedrosa deixou todo o meio político no campo da esquerda chocado. “O Nô era uma figura histórica, lendária, e presente em toda e qualquer manifestação social que tivesse foco nas liberdades democráticas, nos direitos humanos e na defesa da vida de todo e qualquer cidadão”. Disse.

Destacou que a presença dele no ato pela paz na praça da Assembleia teve um significado emblemático pela história de vida que tinha, pela luta que travou contra a opressão e a perseguição política no País e por ser, antes de tudo, uma pessoa solidária com os menos favorecidos.

“O Nô Pedrosa era um cientista social que vivia à sua maneira, despreocupado com regras etiquetas e com as idiossincrasias alheias. Um anarquista político convicto que tinha o respeito de quase todos os segmentos políticos. Morrer assassinado após participar de um ato pela paz é sem dúvida uma peça trágica do destino”. Pontuou Paulão.