Presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara dos Deputados, o alagoano Paulão (PT) cobrou do governo Flávio Dino (PCdoB), no Maranhão, proteção às vitimas do conflito em terras indigenas, entre fazendeiros, posseiros e índios que foram atacados a golpes de facão e tiros de revólveres, que feriram 11 pessoas.
O líder da comissão ainda designou o deputado federal Zé Carlos (PT-MA) para acompanhar as investigações determinadas pela Secretaria de Segurança Pública. No entanto, ao tempo em que cobrou segurança para as vítimas, Paulão também pediu apoio do governo para a comunidade indigena.
O caso, segundo o deputado, precisa sair da esfera estadual para a federal. Na opinião de Paulão esse é o tipo da situação que deve ser federalizada “e cabe ao Ministério da Justiça agir neste sentido”.
Lamento – O deputado lamentou a violência no Maranhão e chamou à responsabilidade do governo federal pela volta dos conflitos de terra no País. Na semana que passou, lembrou Paulão, foi o caso dos jagunços de Colniza, no Mato Grosso, que assassinaram 10 pessoas em um acampamento de trabalhadores sem terra.
“Nós estamos vendo a volta desses crimes no País, graças a política do atual governo que entregou os movimentos sociais à própria sorte e, praticamente, estimulou grileiros, posseiros e seus jagunços contra índios e sem terra”, protestou Paulão.
Segundo ele, a Comissão de Direitos Humanos da Câmara vai acompanhar os dois casos e exigir do governo Temer que adote previdências para garantir a vida seja na tribos indigenas ou acampamentos de sem terraque vivem sofrendo ameaças constantes.