Há 15 anos a Proposta de Emenda à Constituição (PEC-215), aprovada nesta quarta-feira, 28, tramitava no Congresso Nacional. A proposta busca a inversão de valores. Ou seja, o Legislativo quer trazer para si uma atribuição que é do Poder Executivo.
Se a PEC for aprovada caberá então ao Congresso fazer a demarcação de terras indígenas, quilombolas e áreas de preservação. Se se considerar que no parlamento há uma verdadeira legião de deputados e senadores compondo a bancada ruralista, representantes do agronegócios, pode-se dizer, então, que desta maneira seria o mesmo que a raposa tomar conta do galinheiro.
A PEC representa um retrocesso inimaginável. O que significa dizer que os parlamentares estão pouco ligando para vida de comunidades indigenas, quilombolas e outras que praticamente vivem à exclusão social.
Não foi por outra razão que comunidades indigenas no País inteiro fizeram protestos contra a aprovação da PEC na Comissão Especiais de Demarcação de Terras Indígenas.
Em Alagoas as manifestações aconteceram com a interdição da BR-101, entre Joaquim Gomes e Novo Lino, quando índios da tribo Xokó dançaram o toré e tocaram fogo em pneus na rodovia. Para evitar que a PEC seja aprovada elees pretendem endurecer o movimento.
Não é exagero dizer que a PEC representa não apenas a destruição da fauna, flora, mas a matança humana também.