18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Economia

Pente-fino identifica inconsistências em cadastros do Bolsa Família

11 .517 famílias tiveram o benefício cancelado e 39.482 temporariamente bloqueado em Alagoas, que recebeu mais de R$ 880 milhões em 2017

No intuito de aprimorar o controle e a transparência dos dados declarados por quem recebe o benefício do programa federal Bolsa Família, o Ministério da Transparência e Controladoria Geral da União (CGU) divulgou, nesta quinta-feira (4), o resultado da auditoria realizada no ano de 2017. Em Alagoas, 11.517 famílias tiveram o benefício cancelado e 39.482 benefícios foram temporariamente bloqueados.

Alagoas fechou o ano com 405.105 famílias em situação de vulnerabilidade social incluídas no Bolsa Família. Foto: Ascom MDS e Ascom Seades

A auditoria da CGU verificou a confiabilidade dos resultados do cruzamento das bases de dados oficiais com os valores de renda declarados pelos beneficiários no Cadastro Único, para identificar indícios de pagamentos indevidos e avaliar as providências adotadas pelo órgão frente às inconsistências.

A assessora especial da coordenação estadual do programa Bolsa Família em Alagoas, Kaliny Keyse, explica que, caso a família não atualize os dados cadastrais, o benefício é suspenso. “A verificação obrigatória acontece a cada dois anos com a finalidade de garantir a manutenção do benefício.

880 milhões

Considerado o maior programa de transferência de renda, o Bolsa Família registrou um repasse histórico de R$ 880.053.947,00 para as famílias alagoanas em 2017. Segundo levantamento feito pela Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social  (Seades),  o valor é R$ 26.085.608,00 maior do que o ano anterior.

Ainda de acordo com o levantamento, o Estado de Alagoas fechou o ano com 405.105 famílias em situação de vulnerabilidade social incluídas do programa social. O valor pago pelo beneficio também aumentou 12,5% em comparação a 2016, passando de R$ 162,07 para uma média de R$ 182,31.

O valor repassado varia de acordo com o número de membros da família, a idade de cada um e a renda declarada ao Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico) do Governo Federal. Para se candidatar ao programa, é necessário que a família esteja inscrita no CadÚnico e com seus dados atualizados há menos de 2 anos.