18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Polícia Federal prende a irmã de Aécio Neves em Belo Horizonte

Ministro Fachin leva pedido de prisão do senador Aécio Neves para o pleno do STF

A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (18), a jornalista Andréa Neves, irmã do senador Aécio Neves (PSDB-MG). Ela estava em uma residência da família na região metropolitana de Belo Horizonte. A prisao preventiva dela foi determinada pelo ministro Edson Fachin, relator da Lava Jato no Supremo Tribunal Federal (STF).

Também há pedido de prisão contra Aécio e o deputado Rodrigo Rocha Loures (PMDB-PR), todos eles alvos da delação dos empresários Joesley e Wesley Batista, do grupo JBS. No caso dos parlamentares, no entanto, Fachin preferiu ouvir o plenário sobre o assunto. O ministro determinou ainda o afastamento do tucano e do peemedebista de seus respectivos mandatos.

Andrea Neves, irmã de Aécio: presa.

A Polícia Federal cumpre mais de 40 mandados de busca e apreensão no Congresso Nacional, em Belo Horizonte e no Rio de Janeiro. A nova etapa da Lava Jato foi batizada de atmos, nome da ilha grega onde o apóstolo João escreveu o Livro do Apocalipse.

Os agentes federais apreenderam material nos gabinetes de Aécio, Rocha Loures e do senador Zezé Perrella (PSDB-MG). O principal alvo da operação é Aécio, presidente nacional do PSDB, acusado de receber R$ 2 milhões do empresário Joesley Batista, do grupo JBS.

Agentes federais chegaram no início desta manhã ao apartamento do senador na Avenida Vieira Souto, em Ipanema, e também nas residências dele no Lago Sul, em Brasília, e em Belo Horizonte.

De acordo com o jornal O Globo, Rocha Loures foi flagrado recebendo R$ 500 mil de Joesley para tratar de assuntos da JBS. Perrella é pai de Gustavo Perrella, apontado como o dono da empresa que recebeu os recursos destinados a Aécio. Um assessor do senador foi identificado como a pessoa que transportou os valores.

Joesley também gravou conversa com o presidente Michel Temer na qual o peemedebista dá aval para que ele continue pagamentos para comprar o silêncio de Eduardo Cunha (PMDB-RJ), ex-deputado cassado que está preso em Curitiba.