28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Porto de Maceió anuncia plano de requalificação em parceria com sindicatos

Plano deve ser implantado em parcerias com as representações dos trabalhadores.

Sindicalistas recebem plano de requalificação dos trabalhadores avulsos do Porto. (Foto: Ascom Porto)

A administração do Porto de Maceió anunciou um programa inédito de requalificação profissional para trabalhadores avulsos da zona portuária alagoana, em reunião com os presidentes de vários sindicatos dos trabalhadores portuários e diretor-executivo do Órgão Gestor da Mão de Obra do Trabalhador Portuário Avulso do Porto de Maceió (OGMO).

Após apresentar os números do primeiro trimestre de 2017, em que – em comparação com o mesmo período do ano passado – houve crescimento de 8% na movimentação de carga (620 mil toneladas), 10% em número de trabalhadores contratados (379) e de 15% no volume de recursos pagos na contratação desta mão-de-obra avulsa, o administrador do Porto, Tadeu Lira, apresentou medidas como cursos de qualificação para que os trabalhadores avulsos possam ser absorvidos também em outras áreas do Porto e pelas empresas que se instalarem no local.

O plano deve ser implantado em parcerias com as representações dos trabalhadores. “Tudo foi elaborado após ouvirmos os presidentes destes sindicatos, que têm colocado os interesses da classe trabalhadora acima dos interesses pessoais”.

União dos Trabalhadores

O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Portuários, Jabson Levino, destacou que é uma ação vai diminuir o tempo de espera por convocação, aumentando o volume de trabalho para cada avulso. “É uma abertura enorme de janela, construída por meio de um diálogo com a administração. Algo inédito nos últimos 10 anos aqui no Porto de Maceió”, afirmou.

Entre as medidas anunciadas, está a garantia que mesmo com a balança do Porto privatizada, balanceiros e conferentes serão contratados pela Administração para o acompanhamento das cargas. “As medidas são benéficas, agregam os sindicatos à gestão portuária e dão sinal de que a recuperação na movimentação das cargas vista nos últimos três meses vai chegar de forma sólida ao trabalhador”, declarou o presidente do Sindicato dos Conferentes e Consertadores de Carga do Porto de Maceió, Marco Antônio Oliveira dos Santos.

“Sabemos que o momento de quedas na movimentação de carga em 2015 e 2016 é efeito de uma crise financeira nacional, mas é que é necessário reagir. É primeira vez que o trabalhador portuário é ouvido na construção de medidas para melhorar as condições de trabalho e dos trabalhadores – mérito desta administração”, garantiu Geraldo Matias, presidente do Sindicato dos Arrumadores. Já o diretor-executivo do OGMO, Giulliano Leita Costa, analisou que este trabalho compartilhado deve trazer bons frutos em curto espaço de tempo.

Administração

De acordo com Tadeu Lira,  administrador do Porto, os investimentos em qualificação e em contratação do trabalhador avulso só é possível após um trabalho de “equilibrar” as finanças do órgão.

“Encontramos o Porto com R$ 2 milhões em dívidas com pequenos fornecedores. Hoje, este valor caiu para 90 mil reais – uma redução de 95% no débito. Isso permite que nós apoiemos os trabalhadores neste momento, já que são eles uma parte importante para chegarmos à excelência”, declarou Lira, que destacou também que “esta é uma orientação dos ministros do Turismo, Marx Beltrão, e dos Transportes, Aviação e Portos, Maurício Quintela, de ter atenção e cuidado com o  social e portas abertas para iniciativa privada”, observou Lira.