O deputado federal Rodrigo Maia (DEM), presidente da Câmara dos Deputados, disse nesta segunda-feira que pretende iniciar as discussões e votação da reforma da Previdência em 5 de junho. Ou seja, daqui a duas semanas. Ele também descartou acatar pedidos de impeachment de Michel Temer.
Foi a primeira fala pública dele desde que foram reveladas as delações da JBS, na 4ª feira passada, 17 maio. Rodrigo Maia havia prometido a definição de uma data para a semana passada, mas as notícias envolvendo o presidente Temer fizeram com que adiasse.
Com isso, ele diz que a Casa cumprirá a “função de legislar”, enquanto cabe ao STF (Supremo Tribunal Federal) a “função de julgar.”
Mas, o governo tem problemas para tocar as reformas. Partidos aliados como PTN e PSB anunciaram seu rompimento oficial com o governo. Fora os deputados insatisfeitos com o Planalto, mesmo sendo filiados a partidos que ainda permanecem entre os aliados.
Impeachment – Maia aproveitou a oportunidade para dizer que não deve analisar os pedidos de impeachment protocolados contra Michel Temer.
“A presidência da Câmara não será instrumento para desestabilização do governo. O Brasil já vive uma crise muito profunda para ter uma maior”, disse. “Neste momento, tratarei mais da parte da harmonia dos poderes do que uma independência que pode gerar desestabilização. A pauta é econômica”.