A Presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), a ministra Cármen Lúcia encaminhou nesta quinta-feira, 24, à Procuradoria-Geral da República (PGR) o depoimento em que o agora ex-ministro da Cultura, Marcelo Calero, acusa o ministro da Secretaria de Governo, Geddel Vieira Lima, de pressioná-lo para liberar a obra de um edifício em Salvador (BA), em uma área tombada como patrimônio histórico.
No prédio, Geddel possui um apartamento de luxo. No mesmo depoimento, Calero diz que o presidente Michel Temer também o pressionou no sentido de encontrar uma “saída” para a liberação do empreendimento.
As informações foram veiculadas há pouco no site do jornal Folha de S.Paulo. Na última semana, Calero encaminhou a Temer carta de demissão depois de acusar Geddel, em entrevista ao próprio jornal paulista, de “pressioná-lo” para que o Iphan, órgão de patrimônio vinculado ao Ministério da Cultura, autorizasse a cosecução do projeto imobiliário onde o secretário de governo comprou uma unidade.
Os apartamentos no local custam entre R$ 2,6 milhões e R$ 4,7 milhões.