O projeto do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT) ligando o Centro ao Aeroporto de Maceió, pelas avenidas Fernandes Lima e Durval de Goes Monteiro, vai ter que esperar tempos melhores. Por enquanto, o alto investimento exigido é incompatível com o momento de crise econômica vivido pelo país.
Foi o que disse, hoje pela manhã, o novo presidente da Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU), alagoano Marcos Fireman, em sua primeira visita oficial ao órgão, em Maceió, após assumir o cargo nacional.
Segundo ele, enquanto não acontecer o equilíbrio nas contas públicas, fica difícil pensar am altos investimentos a curto prazo. A obra do VLT para a parte alta da cidade ficaria em torno de R$ 1 bilhão, segundo Fireman.
Em compensação, ele abriu a expectativa de que o projeto de expansão da linha atual, ligando a Estação Central até o bairro de Mangabeiras, nas imediações do Maceió Shopping, deve ganhar impulso nos próximos meses. De acordo com Marcos Fireman, a projeção é de que até meados do próximo ano, o VLT já esteja chegando à metade do trajeto, no bairro do Jaraguá.
Ele disse que vai aproveitar a fase de discussão de prioridades para apresentação de emendas ao orçamento da União para 2016, e se reunir com os parlamentares que compõem as bancadas federais de Alagoas e de outros estados onde a CBTU opera, para conseguir, por meio do Programa de Aceleração do Crescimento [PAC], recursos que viabilizem projetos e obras para beneficiar o transporte sobre trilhos.
Embora centrado em tentar dar boas notícias, o novo presidente da CBTU não descartou a possibilidade de reajuste das tarifas do trem em Alagoas. Ele disse que o governo federal aplica 95% da arrecadação com passagens, na própria infraestrutura e manutenção do VLT, mas destacou que a manutenção é cara e que pode, sim, haver reajuste de tarifa.