O presidente Michel Temer negou nesta sexta-feira (2) ter desistido da reforma da Previdência. Em entrevista ao programa RedeTV News, o presidente negou que tenha “jogado a toalha” em relação ao tema.
“Eu nem peguei a toalha ainda, imagine jogá-la. Pelo contrário”, afirmou Temer. Ele ressaltou, porém, que a reforma não pode ser discutida o ano todo e que a intenção do governo é votá-la na Câmara, ao menos em primeiro turno, ainda neste mês.
Ele procurou mostrar otimismo com a contagem de votos, muito semelhante à do relator da reforma na Câmara dos Deputado Arthur Maia (PPS-BA). “Temos hoje, contabilizados, 271 votos. Faltam aí uns 30 e poucos, 40 votos. Nós estamos avançando. O presidente [da Câmara] Rodrigo Maia está ajudando muitíssimo, e estamos trabalhando quase no corpo a corpo. E quando tivermos os 308 votos, vamos colocar para votar”. disse Temer.
Responsável pela articulação política do governo Michel Temer (PMDB) para conseguir apoio da Câmara dos Deputados à reforma da Previdência, o ministro Carlos Marun, da Secretaria de Governo, descartou neste domingo a possibilidade de um novo adiamento da votação da proposta, prevista para começar no dia 19 de fevereiro. “Não existe essa hipótese”, disse.
Eleições
O presidente também foi questionado sobre uma possível candidatura à reeleição. Ele disse que a questão será avaliada pelo seu partido, o MDB, em junho. Temer, no entanto, sugeriu a presença de um candidato para defender as ações de seu governo e criticou as inúmeras pré-candidaturas ao cargo atualmente ocupado por ele.
Ao ser perguntado se o tucano Geraldo Alckmin, atual governador de São Paulo, seria o representante das ações do seu governo, ele evitou responder. “Só me perguntem em junho.”