29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

PSDB quer convocação de novas eleições e impeachment já

Bancadas dos tucanos no Senado e na Câmara convocam a imprensa para ajudar a derrubr Dilma.

Depois de terem feito propaganda pró-panelaço contra o programa de TV do PT, na quinta-feira, 06, os tucanos agora estão defendendo por meio das bancadas do PSDB no Senado e na Câmara a a realização de novas eleições para substituir a presidenta Dilma Rousseff.

O líder do partido no Senado, Cássio Cunha Lima (PSDB_PB), anunciou  vão insistir na defesa da realização de novas eleições. Eles consideram que a presidente da República perdeu o apoio da população.

Enquanto isso, o vice-presidente da República, Michel Temer (PMDB), engrossa o discurso pela governabilidade. Mas Cássio Cunha Lima declarou que o PSDB considera que  a alternativa à crise político-econômica enfrentada pelo país, que estaria “indo para o buraco”, é o impeachment presidencial.

“Estamos convidando a imprensa para que, através dela, a sociedade brasileira possa encontrar qual será o melhor caminho para sair dessa crise. A crise é muito grave, muito profunda, e será a economia que vai inviabilizar o governo. Porque uma coisa é você ter um governo enfraquecido, impopular, e que está indo para o buraco.

Acompanhado pelo líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), Cássio Cunha não especificou qual seria a forma de substituição, uma vez que ainda não há elementos suficientes, segundo diversas instituições competentes, para a formalização de um processo que leve à cassação de Dilma.

Para o senador, são três as situações envolvendo o governo Dilma que, a depender dos desdobramentos, poderiam levar a um processo de impeachment.

“Temos um ambiente onde vários delitos foram praticados no campo fiscal, com tudo o que está sendo julgado no Tribunal de Contas da União [TCU]; no campo eleitoral, com os julgamentos em curso no Tribunal Superior Eleitoral [TSE], e com todas as revelações que surgem da Operação Lava Jato, que foram apresentadas após as eleições. Temos uma eleição absolutamente contaminada”, declarou Cássio Cunha, em coletiva de imprensa no Senado.

A certa altura, o tucano chegou a dizer que nem os instrumentos políticos serão capazes de resolver a situação. Tentando traduzir para a imprensa o que estava sendo anunciado, uma vez que ainda não surgiram fatos determinados que justifiquem impeachment ou novas eleições, Cássio falou em “movimento” em sintonia com a parcela da população que rejeita a presidenta.