Reflexo dos problemas políticos passados pelo Partido dos Trabalhadores (PT) nos últimos anos, um levantamento preliminar, realizado pela Direção Nacional Petista, constatou que a legenda teve redução de integrantes para as eleições deste ano. Os números afirmam que o partido terá 1.135 candidatos a prefeitos, uma redução de 35,5% em relação aos 1.759 candidatos que disputaram os executivos municipais nas eleições de 2012.
Dentre os motivos apontados pela cúpula do partido, a redução se deve ao sentimento antipetista amplificado pelas revelações da Operação Lava Jato; a proibição das doações empresariais e o processo de impeachment de Dilma Rousseff, que distanciou o PT de aliados tradicionais e restringiu as alianças. Isso acarretou a direção do partido proibir coligações com políticos que tenham se manifestado publicamente a favor do afastamento da presidente.
Essa é a menor quantidade de representantes do partido em um pleito municipal nos últimos 20 anos, quando disputou 1.077 prefeituras em 1996. Apesar da queda, a expectativa do secretário nacional de Organização do PT, Florisvaldo Souza, é que esse número aumente. “O número vai aumentar até o término do prazo para registro de candidaturas, dia 15 deste mês, mas certamente ficará bem abaixo do registrado nas últimas eleições municipais. De fato há uma redução de candidatos, mas, em compensação, devemos disputar mais eleitores”, garantiu Souza.
Apesar da crise política nas capitais do País, o PT vai ter mais candidaturas, com 20 contra 17 em 2012. Nas cidades com mais de 150 mil eleitores o número também caiu. O PT lançou 84 candidatos quatro anos atrás e agora vai com 70 chapas, uma redução de 11%.