26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

PT marca reunião para decidir a expulsão do senador Delcídio Amaral

As principais correntes do partido defendem a expulsão do senador

O PT marcou  para a próxima semana a reunião que deverá discutir a expulsão do líder do governo no Senado, Delcídio Amaral (MS). Integrantes da cúpula da legenda admitem tendência pela desfiliação do senador, em razão de ele ter sido preso pela Polícia Federal sob a acusação de atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato.

A data da reunião emergencial ainda não está fixada, mas o tema já está certo. Segundo a reportagem, há dois ritos para análise: o afastamento sumário ou a expulsão após tramitação de um processo pela cassação de Delcídio no Conselho de Ética da Casa.

Em nota divulgada pelo presidente do PT, logo no dia da prisão, Rui Falcão já indicava para o afastamento imediato: “Não há divisão. Expressei minha opinião. Essa opinião será debatida com maior profundidade, inclusive com consequências práticas”.

O presidente do PT de São Paulo, Emídio de Souza, defendeu publicamente a expulsão do senador: “Se não, a opinião pública nos confunde com atos delituosos”. Além dele, integrantes da maior  corrente dentro do PT, a CNB, e a segunda maior por completa, a Mensagem, também falam o mesmo.

No entanto, a reportagem informa que a ação enfrentará resistência do líder da sigla no Senado, Humberto Costa (PE). Ele criticou a nota de Falcão, dizendo não ter sido previamente consultado sobre o seu teor. Os ministros da Casa Civil, Jaques Wagner, e da Secretaria do Governo, Ricardo Berzoini, também criticaram a nota.

O ex-presidente Lula ainda não se manifestou sobre a expulsão. Mas falou, nesta quinta-feira, 26, que a prisão de Delcídio desestabiliza o governo e leva a crise para o Palácio do Planalto.