27 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Reforma da Previdência “não é muito ampla”, diz Temer

Planalto precisa reunir pelo menos 308 dos 513 votos disponíveis na Câmara. Serão dois turnos de votação

O presidente Michel Temer admitiu hoje (21) que a reforma da Previdência, que o governo pretende aprovar no Congresso Nacional, não deve ser “ampla”.

Segundo ele, a ideia do governo agora é que a reforma traga a idade mínima para aposentadorias e equiparação do sistema público ao privado.

“As manifestações equivocadas quanto à reforma têm sido muito amplas. O que temos feito é dizer: olha, vamos fazer uma reforma que vai trazer vantagens para a Previdência Social, mas ela não é muito ampla. Temos o limite de idade e vamos equiparar o sistema público e privado”, afirmou o presidente durante cerimônia, no Palácio do Planalto, de lançamento de uma plataforma digital com ações para qualificar e atender trabalhadores.

Maia diz que não há votos

Num instante em que Michel Temer tenta finalizar uma minirreforma ministerial que lhe permita aprovar uma minirreforma previdenciária, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), admitiu que o bloco que dá apoio congressual ao governo também continua sendo uma miniatura do que seria necessário: “Nós estamos muito distantes dos 308 votos”.

Para aprovar sua reforma, alterando o texto da Constituição, o Planalto precisa reunir pelo menos 308 dos 513 votos disponíveis na Câmara. Serão dois turnos de votação.

A despeito das dificuldades, Maia sinalizou, em entrevista à Rádio CBN, que não jogou a toalha. “Não tenho como aferir quantos votos temos hoje. Mas nada que a gente não consiga resolver se nós ajustarmos a comunicação e se, junto com os deputados, a gente conseguir explicar quais são os impactos do que vai ser aprovado.”

Na contramão das expectativas, Maia disse que a troca de ministros pode não resolver o problema na inanição de votos. “O importante na questão da escolha de um ministro é tirar o assunto da frente. A expectativa da nomeação gera muito mais apoio do que a nomeação em si. Você escolhe um em detrimento de vários.”