19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Calheiros propõe a empresários um pacto pelo emprego no Brasil

Proposta de Calheiros coloca Dilma em uma saia ainda mais justa. Segundo ele, hoje a presidente não tem discurso para o primeiro de maio

Brasil – O senador Renan Calheiros (PMDB-AL) quer reunir empresários, sindicatos e o parlamento brasileiro para propor um pacto pelo emprego no Brasil. Com essa ideia, o presidente do Senado larga na frente do Executivo, como se fosse um autêntico primeiro-ministro, que tem a responsabilidade de chamar para si a responsabilidade pela gestão do governo.

A ideia de Renan foi exposta durante entrevista ao portal 247 em Brasilia.  O senador já vem se reunindo com os segmentos citados e está determinado a por em prática seu plano, deixando a presidente Dilma Rousseff (PT) em uma saia mais justa ainda. Muito embora, caiba ao parlamento propor ações para melhorar a qualidade de vida da população.

Mas o senador fez questão de dizer que o pacto pelo emprego é o único discurso possível para a presidente Dilma Rousseff  no primeiro de maio Dia do Trabalho. Não esquecendo de alfinetar logo em seguida: – Até agora, ela não tem o que dizer. Por isso é que desistiu de ir à televisão. Se ela falava em governo de união nacional é hora de propor algo concreto. Por exemplo, incentivos para as empresas que preservarem seus níveis de emprego durante esta travessia.

De aliado de primeira hora no mandato passado o senador alagoano agora é praticamente oposição radical ao Planalto. Como o vice-presidente da República, Michel Temer, é do PMDB, takvez esteja aí a estratégia do partido de desgastar Dilma Rousseff, tirá-la do poder e colocar Temer no lugar.

Contrário ao ajuste fiscal que Dilma enviou para análise do Congresso, Calheiros disse categoricamente ao Ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que “o papel do Congresso é qualificar o ajuste e não aprovar qualquer medida. Não faz sentido aprovar cortes sem antes rediscutir o tamanho do Estado e o número de ministérios”. O senador também é contra a terceirização do trabalho no País e garante que vai trabalhar para rejeição da proposta.