1 de maio de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Renan diz que mandaria prender o delator se fosse o presidente

Senador diz que Joesley Bstista é um falastrão e teria mandado prendê-lo na hora

Ainda em birras com o então presidente Michel Temer, o senador Renan Calheiros,  líder do PMDB no Senado, não perdeu a oportunidade da crise fustigou: – Se o delator falasse de propina comigo mandaria prendê-lo.

O senador falou em referência a Temer que foi  grampeado dentro do Palácio do Jaburu pelo deelator Joesley Batista na calada da noite.

Renan: mandaria prender.

“A citação do delator é fantasiosa. O fato dele ter ido à minha casa não significa que tenho qualquer relação com seus atos criminosos. Ele ou qualquer outro delator jamais falaria comigo sobre propina ou caixa dois. Se fizesse isso, eu teria mandado prendê-lo”, afirmou Renan, em nota enviado à imprensa por sua assessoria.

Renan considerou Batista um grande “falastrão” e disse que não acredita nele.

O senador também está citado no caso da JBS. O lobista do grupo, Ricardo Saud, disse em depoimento que o grupo comprou o apoio de cinco senadores em 2014, a pedido do então ministro Guido Mantega (Fazenda), para garantir o apoio do PMDB à reeleição de Dilma. Segundo Saud, o acerto ocorreu na residência oficial da Presidência do Senado, então ocupada por Renan.

O delator contou que Renan ficou com a maior parte da propina (R$ 9,3 milhões). Os outros beneficiários, segundo ele, foram os senadores peemedebistas Eduardo Braga (AM), Jader Barbalho (PA), Valdir Raupp (RO) e o atual presidente do Senado, Eunício Oliveira (CE). Pelas contas dele, Raupp ficou com R$ 4 milhões enquanto seus colegas levaram R$ 6 milhões.

Ricardo Saud contou que relatou os pagamentos a Temer, que reagiu com indignação por se sentir desprestigiado no partido. “O Joesley me entregou um bilhete, depois de uma reunião com Guido. Eu fui lá, no sábado à tarde, no Michel Temer, e mostrei isso a ele. Ele ficou muito indignado, porque estava perdendo o controle do PMDB.”