18 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Renan emplaca Santa Ritta como assessor da ministra Kátia Abreu

Senador diz que não quer cargos federais, mas já conseguiu garantir dois aliados

Cada vez mais crítico e em rota de colisão com o Palácio Central, o senador Renan Calheiros (PMDB) tem sido aquele tipo de ‘aliado’ que está mais para um incômodo adversário. Desde que perdeu a indicação do Ministério do Turismo, onde havia colocado o alagoano Vinicius Lages, tem se rebelado e até anunciado que não precisa e nem quer cargos do governo federal.

Mas há quem diga que ele apenas escondeu a mamadeira embaixo do colchão.

Na verdade, entre uma bravata e outro, o senador alagoano bem que tem recebido afagos do Palácio. Para ele foi gentilmente guardada, por exemplo, a indicação da administração do Porto de Maceió. E a sua escolhida continua sendo a petista amiga, Rosiana Beltrão, que já está no cargo (agora sabe-se, por indicação de Renan) desde o governo passado.

ricardinhoAgora, o Ministério da Agricultura nomeia, para o cargo de assessor especial da ministra Kátia Abreu (PMDB), o alagoano Ricardo de Araújo Santa Rita. O salário é bem razoável – mais de R$ 11 mil, segundo revelou Murilo Ramos, em sua coluna Expresso, na Época.

E quem é Ricardo Araújo? Ah, é filho de Carlos Santa Ritta, homem de confiança de Renan, ex-assessor do senador em Brasília, e hoje chefe do seu escritório político em Alagoas.

Em 2012, Ricardo disputou a eleição em Jequiá da Praia, como vice na chapa encabeçada por Rosinha Jatobá. No final do ano passado chegou a ser cotado para assumir uma secretaria no governo de Renan Filho, mas acabou lotado no cargo de assessor especial do Ministério do Turismo, na gestão de Vinícius Lages.

Vinicius caiu, e com ele Ricardo Santa Ritta. Mas, graças, talvez, a Renan, ambos passam bem: Lages como chefe de gabinete do presidente do Senado e Ricardo, agora, como assessor da ministra Kátia Abreu.

Oficialmente – com direito a carta e tudo mais – o senador alagoano jura que não quer cargos federais, mas, pelo jeito, o governo não acredita.

Cá pra nós, nem eu!

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