24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Renan propõe fim da ‘punição disciplinar’ no judiciário e no MP

Segundo ele ‘punição disciplinar’ é uma premiação no judiciário e MP para quem comete improbidade.

Quando um juiz ou representante do Ministério Público comete um delito grave eles recebem das instituições uma “punição disciplinar”, que consiste na aposentadoria compulsória com recebimento dos vencicmentos.

Renan: fim da premiação para juízes e promotores
Renan: fim da premiação para juízes e promotores

Só que o presidente do Senado, Renan Calheiros, está recomendando ao presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), a votação da proposta de emenda à Constituição (PEC 505/2010) que acaba com a “punição disciplinar” reservada aos magistrados e membros do Ministério Público.

À espera de votação na Câmara (PEC 89/2003, na origem, de autoria da então senadora Ideli Salvatti), a matéria pretende alterar a Carta Magna “para excluir a aposentadoria por interesse público do rol de sanções aplicáveis a magistrados e para permitir a perda de cargo, por magistrados e membros do Ministério Público”.

A iniciativa do presidente do  Senado é fruto da crise institucional no País e das relações estremecidas entre o Legislativo e o Judiciário, ainda em função do capitulo da invasão do Senado pela Polícia Federal, determinada por um juiz de primeira instância.

“Estou recomendando também à Câmara dos Deputados priorizar uma Proposta de Emenda à Constituição que aprovamos aqui em 2013 e que definitivamente acaba com o prêmio da aposentadoria para o Ministério Público e para o Judiciário por improbidade. É um absurdo que essa prática continue a acontecer no Brasil”, disse Renan, que abriu ordem do dia em plenário apenas para receber a proposta do teto de gastos (no Senado, PEC 55/2016) – aprovada terça-feira, 25, na Câmara, em segundo turno – e para anunciar a articulação sobre a PEC 505/2010.