Da euforia à tristeza, como num passo de mágica. Assim caminha a vida e o governador Renan Filho (PMDB) teve mais uma prova disso nesta sexta-feira, 22, quando na frente do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Marco Aurélio Mello, anunciou efusivamente a redução de mais de 50% dos crimes de homicídio em Alagoas no mês de maio, em relação ao mesmo período do ano passado.
Mas, foi nesse mesmo dia que ele recebeu contrariado a informação de que os policiais civis haviam decretado greve por tempo indeterminado. A notícia causou apreensão no Palácio por que os agentes penitenciários também anunciaram greve de 72 horas. Mais apreensão ainda por que essas operações podem causar danos ao trabalho de combate a violência no Estado.
Reinvindicações – No caso dos policiais civis, eles reivindicam o pagamento retroativo das progressões, o enquadramento dos aposentados, fim do número de cotas para progressão do Plano de Cargos, Carreiras e Subsídios (PCCS), IPCA e ganho real, piso salarial de 60% da remuneração dos delegados da Polícia Civil, além do pagamento de periculosidade e insalubridade.
Os atores do governo ainda não funcionaram para debelar a crise que se avizinha, mas a movimentação do governo começa logo cedo, neste sábado, 23, para demover as lideranças dos policiais civis a desistirem do movimento. O Sindpol alega que nenhuma liderança pode parar o movimento, a não ser que a decisão saia de uma assembleia geral, a mesma instância que decidiu pela greve.