A seca que castiga o sertão e o agreste alagoano tende a ser ainda mais prolongada, uma vez que neste início de ano a meteorologia não sinaliza previsões animadoras de chuvas para as regiões, nestes primeiros três meses do ano.
Segundo o meteorologista da Sala de Alerta da Secretaria Estadual de Recursos Hídricos, Vinícius Nunes Pinho, o verão estação atual do ano , apresenta um tempo bastante seco e com níveis de vento abaixo da média. Com esse cenário, a quantidade de chuvas beira a escassez e não será suficiente para abastecer os reservatórios e nem amenizar a seca.
“Estamos iniciando o período do fenômeno La Niña e sua característica é o aumento de chuvas na região do Nordeste. No entanto, esse período de La Niña está fraco e a perspectiva é que as chuvas fiquem dentro ou abaixo da normalidade e não acima como deveria ser, argumenta o meteorologista.
Outros fatores se tornam preponderantes para que as regiões tenham chuvas abaixo das expectativas. Um deles é a temperatura do Oceano Atlântico que está mais elevada no Hemisfério Norte em relação ao Hemisfério Sul, diminuindo assim o acréscimo de umidade no Nordeste. Ou seja, é um fenômeno com influência direta na diminuição das chuvas.