24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Política

Segunda instância amplia pena de Dirceu para 30 anos e absolve Vaccari

Dirceu foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa, além de receber cerca de R$ 15 milhões em propina

O Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF4), com sede em Porto Alegre, aumentou em dez anos a pena do ex-ministro José Dirceu na apelação criminal da Lava Jato que envolve a empresa Engevix, acusada de pagar cerca de R$ 15 milhões em propina. Com a decisão, a pena de Dirceu sobe de 20 anos e 10 meses para 30 anos, 9 meses e 10 dias.

TRF amplia condenação de Dirceu para 30 anos e absolve Vaccari na Lava Jato

No julgamento,concluído na manhã de hoje (26), os desembargadores absolveram o ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto, que havia sido condenado a nove anos em primeira instância pelo juiz federal Sérgio Moro.

Segundo a denúncia do Ministério Público Federal (MPF), a Engevix foi uma das empreiteiras que formaram um cartel para fraudar licitações da Petrobras a partir de 2005.

A empresa pagou propinas a agentes públicos para garantir contratos com a Unidade de Tratamento de Gás de Cacimbas (UTGC), a Refinaria Presidente Bernardes (RPBC), a Refinaria Presidente Getúlio Vargas (Repar) e a Refinaria Landupho lves (RLAM).

Dirceu foi condenado por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e participação em organização criminosa. O relator da 8ª Turma do TRF4, desembargador João Pedro Gebran Neto, afirmou que as penas severas não são resultado do rigor dos julgadores, mas da grande quantidade de delitos cometidos pelos réus.

Vaccari

O relator também votou pela condenação de Vaccari, mas foi vencido pelos votos dos desembargadores Leandro Paulsen, que é revisor, e Victor Luiz dos Santos Laus. Eles entenderam que há insuficiência de provas do envolvimento do ex-tesoureiro nos crimes citados na denúncia do MPF.

Esta é a segunda absolvição de Vaccari pelo TRF-4 em processos da Lava Jato. Nesta ação, ele era acusado de corrupção passiva por ter participado do repasse de R$ 46,4 milhões em propinas derivadas de contratos da Petrobras para o grupo político de Dirceu. O ex-tesoureiro do PT está preso preventivamente, por ordem de Moro, desde abril de 2015.

Nesta apelação, a 18ª fase da Lava Jato no TRF4, também foram confirmadas as condenações do ex-diretor da