De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de Alagoas (SSP/AL), foi registrado, no mês de agosto, um crescimento de 45% no número de homicídios. A média de assassinatos, em 2017 dispara com registro de mais de cinco homicídios por dia. Sem negar esse crescimento, o secretário da Segurança Pública, Cel. Lima Júnior, falou à imprensa, nesta quarta-feira (13), das ações realizadas pela pasta para combater o crime. Ele destacou o trabalho integrado que vem sendo realizado e coloca Alagoas na contramão dos demais estados, onde os índices de criminalidade apresentam alta.
Questionado sobre possíveis fatores que levaram Alagoas a registrar aumento no número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) em alguns meses do ano de 2017, Lima Júnior explicou que a elevação nos três primeiros meses do ano foi em decorrência da guerra entre grupos criminosos.
Segundo o secretário a partir de Abril, as ações de Inteligência e o trabalho integrado realizado pelas forças da Segurança Pública conseguiram frear a escalada dos crimes e alçar Alagoas a um patamar de redução de vários índices de violência.
“Temos trabalhado forte na prisão de homicidas, na desarticulação de organizações criminosas e combatendo as lideranças das facções. Isso tem trazido resultados que vão na contramão dos números do país. O crescimento dos homicídios é uma questão nacional e tem preocupado, inclusive, o Governo Federal, pois são resultado da atuação de facções no país. Por isso iremos continuar combatendo, para que possamos estabilizar os números de Alagoas e continuar na contramão do Brasil”, afirmou.
Entre as principais reduções de crimes, o secretário da Segurança Pública destacou a expressiva queda no número de roubo a coletivos, que chega a 70%; o número de roubo a bancos e assaltos a estabelecimentos comerciais, que caiu 32%, e dos homicídios.
Poder Legislativo questiona
Durante discurso na Assembleia Legislativa, o deputado Rodrigo Cunha (PSDB) lembrou que no orçamento deste ano o Governo apontou um investimento de R$ 1,36 bilhão em segurança. “Não se escolheu investir tanto em Educação e isso tem reflexo: houve, no início, um abafa no número da violência, mas não tem como segurar durante muito tempo”, observou.
Após visita a União dos Palmares, o deputado relatou situação que ocorre nas demais delegacias do Estado. “Você vai à delegacia e o policial civil acaba sendo uma babá do preso. É ele quem vai levar comida, vai levar ao banheiro, é o responsável pelos automóveis que são apreendidos e acabam não realizando a sua função principal que é investigar crimes. Está clara a falta de valorização da nossa Polícia Civil”, completou Rodrigo Cunha.