24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Maceió

Sem apoio da Prefeitura Pinto da Madrugada não sai este ano

Prefeito de Maceió preferiu pagar cachês milionários a artistas de fora para animar o verão do turista.

Pinto da Madrugada: o bloco ameaçado.
Pinto da Madrugada: o bloco ameaçado.

Depois que o prefeito Rui Palmeira virou às costas para o Jaraguá Folia e as prévias carnavalescas de Maceió, o bloco Pinto da Madrugada, o maior bloco de frevo de Alagoas ainda não sabe se este ano faz seu desfile na orla da cidade. O bloco já desistiu de fazer o evento “Mungunzá do Pinto”, que aconteceria uma semana antes do desfile.

Os dirigentes do bloco estão revoltados por que o prefeito preferiu gastar mais de R$ 1 milhão com o Maceió Verão, do que contribuir para a manifestação cultural das entidades carnavalescas da capital alagoana.

Segundo Braga Lyra, economista e dirigente do Pinto da Madrugada, o prefeito Rui Palmeira até tentou dizer que o Maceió Verão era fruto de captação externa. “Sou economista e sei que a captação externa nesse caso representa apenas 30% dos recursos o resto sai dos cofres públicos e, portanto, da própria Prefeitura”, disse. E disse mais: “Se o problema é a crise, então não se faz festa nenhuma, seria o certo”, destacou.

Braga Lyra: sentimento de decepção.
Braga Lyra: sentimento de decepção.

Observou que no Maceió Verão os artistas Daniella Mercury, Ney Matogrosso, Jorge Benjor e Titãs só sobem no palco com o dinheiro depositado em conta e que apenas uma noite desse evento bancaria todo Jaraguá Folia e desfiles de blocos das prévias.

“O sentimento de nós que fazemos o Pinto é de decepção”, lamentou. Braga Lyra acrescentou que o Pinto Madrugada, que reúne mais de 100 mil pessoas na orla, movimenta a economia e garante renda para os ambulantes durante o desfile. “O Maceió Verão vai animar o turista”, disparou.

Observou que o bloco deixou de vender camisetas até para estimular que os foliões fossem de fantasias, as quais são compradas, em maioria, no comércio de Maceió. “Mas, o prefeito e equipe disseram que as prévias e o Pinto não são eventos públicos. E o que são públicos? Daniela Mercury com cachê milionário? Titãs? Jorge Benjor? Talvez o som das guitarras deles soem melhor aos ouvidos de Rui Palmeira e dos especialistas em cultura da capital alagoana, do que o povo maceioense na rua cantando Bandeira branca amor…”, protestou.

 

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