28 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Sem votos, Temer adia definição de data para votação de reforma

Pelos cálculos, o Palácio do Planalto conta com cerca de 260 votos, número abaixo dos 308 necessários para aprová-la, admitindo agora fazer isso com apenas 290

A expectativa do presidente Michel Temer de conseguir nesta quarta-feira (6) um piso de pelo menos 290 votos e, assim, definir uma data para a votação da reforma previdenciária acabou frustrada.

Sem reunir apoio necessário, o peemedebista decidiu aguardar os próximos dias para avaliar se será possível votar na próxima semana as mudanças nas regras de aposentadoria.

Em reunião com deputados e ministros no Palácio do Alvorada, o presidente concluiu que é necessário mais tempo e disse que fará uma recontagem de votos nesta quinta-feira (6).

Pelos cálculos, o Palácio do Planalto conta com cerca de 260 votos, número abaixo dos 308 necessários para aprová-la, admitindo agora fazer isso com apenas 290

Para tentar aumentar o atual placar, Temer promoverá nova rodada de reuniões e abrirá o gabinete presidencial para deputados indecisos e resistentes, mas a expectativa é pessimista mesmo dentro da equipe presidencial.

No encontro, o presidente adotou um discurso duro. Segundo relatos de presentes, ele disse que os deputados governistas que não votarem a proposta serão cobrados na disputa eleitoral por manterem privilégios para os servidores públicos.

Mesmo com o tom incisivo do peemedebista, os presidentes nacional do DEM, Agripino Maia, e do PP, Ciro Nogueira, colocaram em dúvida a possibilidade de se votar ainda neste ano.

Apesar do apelo do presidente, os líderes governistas não levaram para a reunião um placar de votos favoráveis em suas respectivas bancadas e ficaram de entregar o balança nesta quinta-feira (7).

Com a indefinição, o vice-líder do governo Beto Mansur (PRB-SP) admitiu que a votação pode ficar apenas para a terceira semana do mês, dias antes do início do recesso parlamentar, previsto para 23.