26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Senado cassa Dilma Rousseff e Renan Calheiros pede desculpas por “erros”

A democracia, segundo o senador, corrigirá os erros

A presidente Dila Rousseff (PT) foi cassada pelo Senado Federal. 61 senadores votaram a favor. Ela passa a ser a segunda autoridade política a sofrer impeachment na presidência do Brasil. O primeiro foi Fernando Collor, no início dos anos 90. Dilma precisaria de 28 votos para evitar a cassação. Teve apenas 20.

Embora cassada, Dilma não perdeu os seus direitos políticos, apesar de todo esforço dos senadores do PSDB que pretendiam vê-la banida da vida pública.

Dilma: cassada pelos senadores.
Dilma: cassada pelos senadores.

Já o presidente do Senado, em seu último discurso antes do julgamento final do impeachment da presidente Dilma Rousseff, o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), afirmou que os senadores podem “estar cometendo um erro, seja qual for o veredito que derem”, mas ressaltou que “a democracia se corrigirá”.

O presidente do Senado aproveitou para pedir desculpas ao país “por qualquer atitude mais contundente ou emocional”, como no episódio em que subiu o tom contra a senadora Gleisi Hoffmann (PT-PR) – que afirmou que “este Senado não tem moral para julgar a presidente Dilma”.

Ressaltando o caráter histórico do julgamento, Renan afirmou que “um dia a história nos julgará. E a única certeza é que nós não nos omitimos”. “Haverá um dia seguinte”, afirmou o peemdebista alertando os senadores sobre a importância de estarem serenos para a votação – que deve ocorrer no início da tarde desta quarta-feira (31).

Por fim, Renan afirmou: “A democracia não é o regime perfeito porque é infalível, mas porque corrige suas próprias imperfeições”. E citou Ulysses Guimarães: “É caminhando que se abre o caminho”.

Com dez inquéritos no Supremo (oito deles decorrentes da Operação Lava Jato), o presidente do Senado, que presidiu a sessão que afastou Dilma do Palácio do Planalto, é coadjuvante de Lewandowski na reta final do processo. E, diferentemente do que ocorreu em maio, não descarta votar desta vez.