Considerando que há “um vácuo no poder”, o senador José Serra (PSDB) disse ao final dos protestos de ontem contra o governo federal, que o País gostaria que a presidente Dilma Rousseff (PT) renunciasse.
Ele disse que a fraqueza do governo e a combinação da crise econômica, política e moral, que “se o fator militar estivesse presente hoje, como em 64, estaríamos tendo perturbações gravíssimas nessa área”.
Apesar da declaração, fez questão de ressaltar: “Não estamos tendo perturbação militar e não vamos ter”.
Em entrevista ao jornal Valor, Serra firma que “a renúncia é prerrogativa de Dilma”. “Não tenho dúvida que o País gostaria que ela renunciasse. Mas ela não vai fazer isso”.
Ele classifica ainda como “ativa e burra” a política de ajuste de Joaquim Levy e fala em “insanidade” da política monetária-cambial; alerta ainda que a ameaça de bomba fiscal no Congresso continua.
Embora afirme não ter planos de disputar a presidência, Serra gostaria que o vice Michel Temer assumisse o comando. Especula-se que com este desenho, Serra seria eventual ministro da Fazenda, podendo tornar-se candidato ao Palácio do Planalto em 2018.