O sonho de 420 funcionários da fábrica têxtil de Delmiro de Gouveia de ver a indústria operando novamente está agora cada vez mais distante, em função das indefinições sobre linhas de crédito e escalonamento de seus débitos por parte dos proprietários e do próprio governo.
Em um desabafo pelas redes sociais, o gerente geral da Fábrica da Pedra, Luiz Anhanguera declarou: “É insustentável segurar 420 funcionários sem receita”.
Desde 28 de março de 2016 que a fábrica está fechada e houve promessas do próprio governador Renan Filho (PMDB) de mover paus e pedras para reabri-la ainda no primeiro trimestre daquele ano, mas até agora nada.
Para reativar a fábrica é necessário primeiro o pagamento do débito de R$ 2,5 milhões com a Eletrobras Distribuição Alagoas, a liberação de uma linha de crédito e uma melhoria no cenário macroeconômico.
Porém, o gerente geral informou que nenhuma definição para a liberação de recursos, que ajudaria na reabertura da Fábrica da Pedra, foi tomada, e, por conta disso, “a situação é grave e a empresa está tentando segurar os funcionários ao máximo, mas está no limite”, disse o gerente.
A fábrica tem 102 anos e fechou em consequência do débito que tem com a Eletrobrás. Já demitiu 150 funcionários e 424 estão de aviso prévio.