O sumiço do prefeito Rui Palmeira (PSDB) da cena política neste momento em que os atores do processo eleitoral estão em plena corrida para definir quem é quem na raia sucessória, há de se entender como uma pausa para refletir a proposta dos aliados que o querem no Palácio Zumbi dos Palmares, mas ao mesmo tempo sugere um distanciamento dessa mesma vontade dos que buscam um palanque para a conquista dos seus objetivos.
E, talvez, seja essa última alternativa a resposta real. Isso por que março já está chegando e, embora o prefeito tenha dito que em abril se decidiria, o tempo conspira contra ele.
A rigor, em se tratando de uma campanha para o governo do Estado, já era para Rui Palmeira estar à todo vapor nas andanças pelo interior do Estado.
O outro sinal de que a candidatura pode não vingar está no fato de os aliados não terem conseguido ainda sensibilizar o ministro do Turismo, Marx Beltrão, a mudar de lado e assumir pra valer a candidatura a senador no grupo liderado pelos tucanos.
A pressão sobre o prefeito de Maceió continua forte, mas ele se mantém olhando em volta e descobrindo o que há por trás dos interesses de cada um que insiste para que assuma a disputa contra Renan Filho (PMDB).
Pesam ainda nas avaliações do prefeito os problemas de ordem estritamente pessoal, que passam pela saúde dos pais.
Daí a razão do sumiço e do silêncio.