As construtoras OAS, Odebrecht e Queiroz Galvão são acusadas pelo Tribunal de Contas da União de terem superfaturado as obras do canal do sertão.
De acordo com o levantamento do TCU há indicios de um sobrepreço na ordem de r$ 119 milhões, desde a origem da construção do canal.
As construtoras teriam cobrado do governo valores acima do mercado do Nordeste. Para a construção do trecho 3, já inaugurado, do trecho 4, ainda em construção, e até do trecho 5, onde a obra nem começou.
O governo de acordo com o TCU, teria pago, com a anuência da fiscalização da caixa e da Seinfra estadual, pelo metro quadrado de concreto, 127% mais.
Sem falar que a escavação, carga e descarga de material foram superfaturados entre 102% a 152%; a mão de obra, 22% a 31%; os tubos de aço, de 20% a 36%; e a brita, incluindo o transporte, 31% a 113%. Resultado: O TCU bloqueou os recursos do trecho 5, que está licitado e contratado, e quer a devolução dos valores superfaturados.
Eis mais um caso que vai parar no âmbito do Ministério Público onde empreiteiros e gestores estaduais e federais deverão responder pelos desmandos.