29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Bleine Oliveira

Tá difícil ir ao Centro

Vamos combinar que ir ao comércio do Centro não é uma decisão agradável. Embora a Prefeitura de Maceió tenha reduzido o número de ambulantes nos principais trechos do calçadão das Ruas do Comércio e Moreira Lima, aos poucos, eles estão voltando.

O que falta, querido leitor?

Isso mesmo, fiscalização.

É fato que o número de desempregados na capital está no topo da escada.

Aliás, vale repetir aqui levantamento do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), de agosto último, mostrando que o índice de desemprego em Alagoas subiu de 17,5% para 17,8% no primeiro semestre de 2017.

Dados do primeiro trimestre do ano revelaram que em Maceió, a taxa de desocupação passou de 13,7% para 16,5%, comparado ao mesmo período do ano anterior. No país a taxa de desocupação foi de 13,6%, correspondendo a 14 milhões de brasileiros.

Dá dó só de ler! Imagine confrontar-se com a realidade dessas pessoas.

É o que está acontecendo no Centro!

São dezenas e dezenas vendendo de coentro a inhame, de feijão a manga e amendoim. Em alguns trechos, como na Rua do Sol, as calçadas foram tomadas por homens, mulheres e crianças que, sem alternativa, tentam assegurar o pão de cada dia.

Além do chamado drama social – que todos sabemos é resultado da corrupção que tomou conta do País nos últimos 20 anos (pra não dizer que não falei das flores!), o Centro sofre o abandono da gestão pública.

Buracos e esgotos, além do mau cheiro de urina e fezes de moradores de rua que por ali circulam à noite, tornam a ida ao Centro um programa extremo.

Ou seja, só vai quem tem negócio!

Punossasinhora!