Encurralado pelas denúncias de corrupção dentro do governo, inclusive dele próprio, o presidente da República, Michel Temer, decidiu fazer reuniões durante todo o final de semana para forçar a aprovação da reforma da previdência.
Segundo o JB, Temer não poupará nem o domingo de Páscoa. A informação é de que a movimentação no Palácio do Planalto, principalmente à noite, será intensa.
Temer vai reunir líderes da base aliada na Câmara, o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), o presidente da comissão criada para debater o tema, Carlos Marun (PMDB-MS), e o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), em um jantar, no domingo. Os ministros Antonio Imbassahy, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, da Secretaria-Geral da Presidência, também devem participar do encontro.
A pauta será, como tem sido ao longo das últimas semanas, a reforma da Previdência. O governo acredita que a flexibilização de cinco pontos da proposta ajudou a conseguir mais votos dos parlamentares.
De acordo com assessores próximos da cúpula do Palácio do Planalto, o governo espera reverter o quadro em favor do relatório de Arthur Maia.
A lista de inquéritos da Lava Jato no STF, que colocou sob investigação dezenas de parlamentares e oito ministros no âmbito da Operação Lava Jato, não foi suficiente para reduzir o ritmo das reuniões e negociações pela aprovação da reforma.
Lava Jato – A lista de políticos envolvidos nas investigações da Lava Jato foi tema de conversas no Palácio do Planalto e deve ser também uma das pautas do jantar de domingo. No entanto, circula na cúpula do governo e também entre os líderes da base aliada na Câmara a impressão de que o episódio pode até acelerar a aprovação da reforma da Previdência.
O entendimento é que, com a reforma aprovada e o cenário econômico próspero, será mais fácil para os parlamentares lidarem com os efeitos da denúncias de corrupção.
A entrega do relatório, de acordo com Arthur Maia, deve ocorrer na próxima terça-feira, 18, o que torna os próximos dias decisivos para o governo Temer e um teste importante da fidelidade dos parlamentares da base aliada. (Com Agência Brasil)