As reformas trabalhistas e previdenciária do governo Temer só não passarão no Congresso se houver um levante popular forte, capaz de influenciar nas decisões dos parlamentares. Sem isso, o governo vai comemorar a vitória para atender a ânsia das empresas brasileiras pela precarização das relações de trabalho e aos bancos que vendem previdência privada, mas não costumam recolher ao INSS as contribuições devidas.
Um levantamento da Procuradoria da Fazenda Nacional diz que grandes empresas brasileiras, entre elas os bancos, devem a previdência social mais de R$ 426,07 bilhões. Só o Bradesco deve mais de R$ 465 milhões. O Itaú não fica atrás.
Temer que atender aos interesses dessa elite que hoje cobra uma fatura alta para o País e, o pior, joga a conta para ser paga pelo trabalhador e o aposentado brasileiros.
Neste sentido não medirá esforços e já determinou aos seus cães de guarda no Congresso Nacional o cerco total a todos os aliados que pretenderem se desgarrar desses propósitos.
Tanto é assim que estabeleceu um balcão de negócios, bem ao gosto dos parlamentares. Os negociantes indicados pelo presidente têm ordem para atender a todos os pleitos possíveis dos deputados, desde que digam sim às “reformas”.
Nesse balcão valem a negociação de cargos, liberação de emendas e jantar no palácio do Planalto com direito a selfie ao lado de Temer. Os mais resistentes recebem a ligação do próprio chefe da Nação com a lista de ofertas “para o bem de todos”.
Assim o planalto pretende seduzir até as pedras do Congresso.