A velha máxima da política brasileira – quem está dentro não quer sair e quem está fora quer entrar – é recheada de exemplos e a votação do impeachment no País reflete isso, mais uma vez.
A oposição queria o poder não conseguiu nas urnas e o encontrou por uma via transversa, digamos assim. Enfim, agora tem o poder e de tudo fará para não largá-lo. Que o digam os tucanos brasileiros…
Imagine que o PSDB tem hoje no governo Temer três ministérios. Da Justiça, das Cidades e o do Exterior. Uma considerável fatia do poder para acalantar todos os sonhos do tucanato. Mas não é bem assim.
Hoje os tucanos querem mais. Sem fazer esforço, querem o aval do Planalto para a sucessão em 2018 com direito a máquina e sem atropelos.
Tanto é assim que esta semana tucanos e assessores do presidente interino andaram se estranhando na imprensa nacional, com direitos a críticas duras do senador Aécio Neves (PSDB-MG), guru do tucanato, ao ministro da Fazenda Henrique Meirelles, que não é só um técnico. É político também. Tanto é que está filiado ao PSD de Gilberto Kassab.
Aécio acusou Meirelles de estar usando o cargo de forma eleitoreira para fortalecer a ideia da reeleição de Temer em 2018, como foi proposto pelo presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM_RJ). Com Aécio fizeram couro outros líderes do partido.
A insurgência do PSDB contra Meirelles se deu quando o senador mineiro disse que Henrique Meirelles estaria flexibilizando a juste fiscal em função das eleições. Para ele, a motivação é viabilizar um candidato do PMDB em 2018. Em função disso, cobraram de Temer medidas impopulares, a pretexto de consolidar o ajuste fiscal para o bem da economia nacional.
Ou seja, é o faça o que eu digo…
As medidas impopulares, naturalmente, vão sobrar para alguém. E desta forma não seria para os tucanos