26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Tucanos: Alckmin revela que Doria já não interessa mais ao PSDB

Governador diz que Doria deixará o ninho tucano para não ser preterido

O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, tem confidenciado no PSDB que não acredita mais na permanência na sigla do prefeito da capital, João Doria.

Disse a pelo menos dois integrantes do alto tucanato que não desistirá da candidatura a presidente da República. E que o prefeito sairá do partido porque não aceitará ser preterido.

Alckmin descarta afilhado

Geraldo Alckmin acredita que já tem o apoio fechado dos principais caciques do PSDB em São Paulo. Isso inclui o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, o senador José Serra e o presidente do Instituto Teotônio Vilela, José Aníbal.

Presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (CE) tem dito que “Alckmin terá precedência”. O presidente licenciado, Aécio Neves (MG), disputava a vaga contra Alckmin antes de ser abatido pela Lava Jato. Doria o hostilizou logo que foi divulgada a delação da JBS, mas Aécio evita se manifestar sobre a corrida presidencial. Governadores tucanos acham que é cedo para tomar posição.

Aluguns gestos– Alckmin não pretende hostilizar seu antigo afilhado. Ainda fará alguns gestos para que Doria não se rebele, inclusive oferecer a candidatura à sua sucessão como governador. Mas sem esperanças.

MAIA E ALCKMIN: JANTAR EM BRASÍLIA
O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, reuniu nesta 3ª (5.set) cerca de 40 pessoas em sua residência para 1 jantar com o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Entre os presentes estavam os ministros Antonio Imbassahy (Segov), Mendonça Filho (Educação) e Raul Jungmann (Defesa).

DISCRETO
Foi servido filé de carne bovina com salada. O governador tomou Coca-Cola. Não fez discurso. Circulou por pequenos grupos e falou de conjuntura geral.

QUEM FOI
Na lista de presença, também estavam os senadores Tasso Jereissati (PSDB-CE) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES), além de deputados tucanos e demistas e outros aliados, como Heráclito Fortes (PSB-PI), Tereza Cristina (PSB-MS) e Benito Gama (PTB-BA).