26 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Tucanos decidem propor alterações para a reforma da previdência

Planalto diz que as alterações sugeridas pelo PSDB são inegociáveis

O PSDB decidiu impôr condições para aprovar o texto da Reforma da Previdência. Os tucanos já falam em pelo menos três pontos que devem ser alterados dentro da proposta do governo.

Um deles trata do benefício integral na aposentadoria por invalidez, independentemente do lugar onde o problema ocorreu. Eles também defendem que os beneficiários possam acumular benefícios como pensão e aposentadoria até o teto do INSS, bem como querem uma regra de transição especial (com pagamento de pedágio) para que os servidores que ingressaram no sistema até 2003 possam ter integralidade e paridade, mesmo reajuste salarial dos ativos, sem ter que cumprir idade mínima de 65 anos para homem e 62 anos para mulher.

Pelo discurso do governo, a idade mínima e as regras de transição, bem como a unificação dos sistemas privado e público são pontos dos quais não há concessões.

Manifesto eleitoral – Os tucanos, na tentativa de mostrar unicidade e reequilibrar o partido, vão publicar nesta terla-feira, 28, o documento “Gente em primeiro lugar: o Brasil que queremos”. O documento é seu manifesto para a eleição de 2018. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, o tom é liberal temperado com ponderações sociais, inclinando-se à centro-esquerda.

O texto propõe avançar com as reformas, cortar ministérios, instituir avaliação do funcionalismo público, diminuir privilégios, defende privatizações e concessões. Considera que a pauta da sustentabilidade é a fonte de poder externo para o Brasil e cobra uma reforma tributária que siga princípios de justiça fiscal. “O livre mercado por si não é capaz de assegurar a distribuição mais equânime das riquezas produzidas e, assim, superar as desigualdades e a pobreza”, afirma o documento de 14 páginas.

Desde que a primeira denúncia contra o presidente Michel Temer chegou à Casa, os parlamentares se dividem sobre a aliança do PSDB com o PMDB. Em cima do muro, a ala chamada “cabeças pretas” do PSDB defende que a sigla abandone a base governista.