19 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade
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Uma beleza de mulher; uma diversidade de ritmos; um espetáculo de carnaval

Este ano, para surpresa geral, nos deparamos com uma ‘globeleza’ que ao invés do corpo nu, exibe a multiplicidade de cores e ritmos do carnaval brasileiro

Erika Moura, ladeada por Douglas Oliveira, Mari Amaral, Lucas Hive, Karoline Morais e David Caldas (Foto: Ramón Vasconcelos/Globo – Divulgação)

Perfeita em sua beleza, com a semi-nudez envolta em mantos de muitos carnavais – de todas as cores e todos os (bons) gostos. Essa é a nova ‘globeleza’ que ostenta o belo de vários temas, em vários passos, que no compasso do samba, do frevo, do maracatu embelezam a passarela nas residências pelo Brasil afora.

Desde 1990, quando Valéria Valenssa entrou em nossas casas pelas vinhetas do carnaval da Rede Globo, linda (sim, e com muito samba no pé), mas desnecessariamente nua (apenas um corpo pintado), as vinhetas vêm obedecendo a um padrão-mensagem de que carnaval é só samba… e tesão – a festa da carne; o caminho para a exploração do corpo da mulher como mero objeto de exibição.

Erika Moura e David Caldas (Foto: Ramón Vasconcelos/Globo – divulgação)

Outras ‘globelezas’ vieram e tantas se foram com a mesma temática: de que o carnaval é o desfile da nudez – de belas mulheres em belas formas. E este ano, para surpresa geral, nos deparamos com uma ‘globeleza’ diferente, vestida – e não menos bela por isso – que atrai a atenção, não para a objetivação do corpo da mulher, mas para a multiplicidade de gêneros e cores do carnaval brasileiro, que vão muito além dos ritmos do samba.

A bailarina Erika Moura divide atenções com vários coadjuvantes numa mostra que desfila alegria entre o frevo e o maracatu; do axé ao bumba meu boi; da porta-bandeira ao mestre-sala; dos passistas cariocas às tradições do Norte e Nordeste; das marchinhas ao enredo das escolas de samba.

Esse é o verdadeiro carnaval brasileiro, amplo, diverso, desnudado em todas as suas cores, em todos os seus ritmos, em toda sua alegria!

Aliás, perceptível também as bailarinas muito bem vestidas em calça jeans, no último Domingão do Faustão. Será uma nova tendência do chamado ‘padrão Globo’? Tomara.