29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Brasil

Universidade de Brasília vai ministrar aulas sobre o “golpe 2016”

A disciplina vai discutir os ataques do governo Temer à democracia e a agenda de retrocessos

O retorno às aulas na  UnB (Universidade de Brasília) vai se dar com uma novidade curricular, a partir de março deste ano, segundo o repórter brasiliense Eduardo Barreto.

A UnB terá aulas sobre o “golpe de 2016”. A descrição da disciplina (eis a íntegra) acusa o governo Temer de fazer “ataque às liberdades e à democracia” e de ter uma “agenda de retrocesso”. Dacordo com o plano de aula, haverá uma discussão sobre as “chances” de “restabelecimento do Estado de direito” depois do impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (em 2016).

O Instituto de Ciência Política da UnB está oferecendo 50 vagas para o curso. A matéria será ministrada por Luis Felipe Miguel, professor titular da cadeira. Alunos de outros cursos poderão se inscrever para “O golpe de 2016 e o futuro da democracia no Brasil”. É comum na UnB que estudantes tomem aulas de outros cursos.

UnB: aulas sobre o golpe de Temer

Um dos objetivos da disciplina, segundo a ementa (descrição sucinta do que será abortado), é “analisar o governo presidido por Michel Temer e investigar o que sua agenda de retrocesso nos direitos e restrição às liberdades diz sobre a relação entre as desigualdades sociais e o sistema político no Brasil”.

Quando se lê a descrição do curso, fica claro que a disciplina oferecida pela UnB dá como certo que a gestão de Michel Temer deu 1 “golpe de Estado” para depor a Dilma Rousseff. O plano de aulas também sustentará que Temer fez “ataque às liberdades e à democracia”.

Outro módulo tratará da “nova direita radical e a ascensão do parafascismo”. A Operação Lava Jato e o Poder Judiciário também serão mencionados em aula sobre “a campanha pela deposição de Dilma”. O professor também promete debater as “possibilidades de reforço da resistência popular e de restabelecimento do Estado de direito e da democracia política no Brasil”.