A partir deste domingo, Maceió sedia a segunda edição do Simpósio Internacional sobre Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). O evento, que acontece até dia 26, no Hotel Ritz Lagoa da Anta, é organizado pelo cirurgião cardiovascular alagoano Hemerson Casado, por meio do Instituto criado por ele para enfrentar a doença que lhe tirou a mobilidade, mas não a capacidade de mobilização.
A ideia do evento é sensibilizar a comunidade científica e a população em geral para os desafios do diagnóstico e tratamento, pesquisas e assistência às pessoas diagnosticadas com a ELA. Participam desta edição do simpósio pesquisadores de Israel, dos Estados Unidos e Itália,
O simpósio é especialmente voltado para profissionais da área da saúde, estudantes, pesquisadores, cuidadores e pessoas com doenças raras que tenham interesse em aprender um pouco mais sobre a doença.
A iniciativa do Instituto Dr. Hemerson Casado conta com a parceria da Universidade Federal de Alagoas, através do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde (ICBS), Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Alagoas (Fapeal), da Secretaria de Ciência e Tecnologia do Governo do Estado de Alagoas (SECTI), Laboratório de Inovação em Saúde (LAIS), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte e a Fundação Osvaldo Cruz (Fiocruz).
‘‘Queremos democratizar os vários conhecimentos para que possamos ter uma comunidade interessada e muito bem informada sobre os conhecimentos sobre a ELA. Também é muito importante para Alagoas e o Brasil, para que possamos estabelecer parcerias com outros institutos de pesquisa, universidades estrangeiras e laboratórios públicos e privados’’, destaca o médico alagoano.
Sobre a ELA
A Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) é uma desordem progressiva do sistema nervoso que causa a morte progressiva de neurônios motor superior e inferior, levando a paralisia e morte do paciente dentro de dois a cinco anos após o início dos sintomas.
Uma pequena parcela dos pacientes pode sobreviver por mais tempo, como é o caso do astrofísico Stephen Hawking, falecido em 2018. Na maioria dos casos, o intelecto e os sentidos dos pacientes permanecem preservados.
Até o momento, a ELA é incurável e existe um único tratamento disponível (Riluzol®), que aumenta a sobrevida dos pacientes em apenas dois a três meses. A ELA é considerada uma doença rara e pouco se sabe sobre suas causas, e menos ainda sobre a sua progressão ao nível molecular.
Programação
As palestras do simpósio vão acontecer das 8 às 19 horas. A programação conta com a participação de renomados pesquisadores de instituições brasileiras e internacionais, discutindo a ELA o que há de mais moderno dentre as formas de assistência médica e multiprofissional aos pacientes e as pesquisas mais promissores.
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