Luciano Hang, o famoso “Véio da Havan”, defende corte de salários dos trabalhadores e espalha vídeo ameaçando demitir 22 mil funcionários de sua rede de lojas.
Dono do Madero diz que a economia não pode parar por “5 ou 7 mil pessoas que vão morrer”.
Roberto Justus diz que é bobagem, a Covid-19 só vai matar alguns milhares de idosos. Afinal, o que são vidas, né?
Enquanto isso, vejo um vídeo em que cerca de mil colchões doados pelo Magazine Luiza chegam a um abrigo onde moradores de rua receberão cuidados contra o coronavírus.
Esta rede fechou as lojas físicas, mas os clientes ainda podem comprar pela internet. Também dobrou o auxílio-creche para que os funcionários em quarentena, que sofrem com o fechamento de creches e escolinhas, possam contratar auxílio durante o período de home office.
Enquanto os “homens de bem”, que se dizem pró-vida, dão um show de desprezo pelos mais vulneráveis, algumas ações nos dão esperança.
O momento é delicado, principalmente para quem é pequeno, seja trabalhador ou aquele empresário de bairro, que assa e come, e agora tem que fechar as portas sem faturar. E os autônomos? Os informais?
Bem, para estes, lamento informar que estamos sofrendo, na prática, as espetadas do ultraneoliberalismo.
Menos estado, para os mais pobres, é claro. Enquanto outros países dão isenções e assumem parte do pagamento de salários para salvar empregados e empregadores, aqui se joga a conta nas costas dos mais pobres.
Essa MP, já derrubada, que permitiria o corte de quatro meses de salários, é o fim!
É o resultado da decisão de quem se omitiu ou jogou no poder esse projeto de neoliberaleco.
Afinal, é mais fácil passar fome trancado em casa do que ter explicar para os filhos dois homens se beijando na rua ou numa novela.