29 de março de 2024Informação, independência e credibilidade
Alagoas

Alagoas já tem 77% dos leitos de UTI da rede pública ocupados com casos graves

Secretário Alexandre Ayres alerta população para necessidade urgente de cumprimento do isolamento social para conter número de casos da Covid-19

Os números de casos confirmados de pessoas com coronavírus em Alagoas não param de subir. O estado já está com 77% dos leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI) da rede pública ocupados, de acordo com o último boletim de ocupação dos leitos divulgado nessa terça-feira (12) pela Secretaria de Saúde (Sesau).

Em Maceió, a taxa de ocupação segue a mesma do estado, 77%. Dos 115 leitos de UTI disponíveis, 88 estão ocupados. Já no interior, esse percentual é ainda maior, dos 40 leitos disponíveis, 32 já estão ocupados, gerando uma taxa de 80% de ocupação.

Os números alarmantes continuam sendo reflexo do comportamento da população, que insiste em descumprir as medidas restritivas de isolamento social.

De acordo com dados da InLoco Tecnologia divulgados no início da semana, o índice de isolamento social no estado é de apenas 43,9%. Ainda nessa terça, Alagoas registrou um total de 2580 casos confirmados de pessoas com coronavírus e 150 óbitos.

O secretário de saúde, Alexandre Ayres, afirma que esse é o maior desafio de saúde pública dos últimos anos e reafirma a necessidade do cumprimento das medidas restritivas de isolamento social pela população.

“Os números têm subido fortemente. Temos feito um grande esforço para aumentar o número de leitos em todo o estado, mas a população precisa colaborar e tomar consciência da gravidade e letalidade dessa doença que não escolhe idade, raça ou classe social. Se as pessoas não cumprirem o isolamento social, não vamos ter leitos para atender a demanda”. Alexandre Ayres, secretário de saúde.

Comitê Científico do Consórcio Nordeste

O sexto boletim do Comitê Científico do Consórcio Nordeste para o enfrentamento da COVID-19 já cogita o lockdown diante do crescente número de casos na Região Nordeste.

A medida precisaria ser adotado quando os números de leitos hospitalares tenham superado 80% de ocupação e, ao mesmo tempo, a curva de casos e de óbitos seja ascendente.