Os cheques depositados por Fabrício Queiroz no valor de R$ 89 mil na conta da primeira dama Michelle são assombrações para o presidente Jair Bolsonaro.
Bastou um jornalista perguntar por que Queiroz depositou os cheques na conta dela, para Bolsonaro ameaçar:
-A vontade que tenho é de encher a sua boca de porrada.
O fato aconteceu neste domingo, 23, em frente à Catedral de Brasília.
Para o senso comum, quem não deve não teme.
Mas, geralmente, quem é flagrado com a mão na botija fica sem explicação e tende a reagir à base da covardia e, muitas vezes, da violência.
Os cheques de Queiroz para a primeira dama estão sem explicação há muito tempo, assim como a farra das rachadinhas de Flávio Bolsonaro com o dinheiro da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que era manipulado pelo próprio Queiroz.
São exatamente 71 cheques depositados pelo miliciano, ex-assessor de Flávio, na conta corrente da primeira dama. -Por que Queiroz depositou esses R$ 89 mil, excelência?
O dever deles, pai e filho, é prestar esclarecimentos à sociedade como homens públicos que são e fizeram campanhas se dizendo avessos à corrupção.
E neste caso é papel do jornalista perguntar a qualquer autoridade, como o fez o repórter neste episódio.
Enchê-lo de “porrada”, como queria Bolsonaro, só demonstra o quanto a verdade lhe incomoda.
E não apenas isso: sinaliza para grande parte dos seus “avoados” seguidores, como deve ser a relação com os jornalistas, principalmente por que há muitos com o mesmo viéis da truculência.
É simplesmente nefasto. Embora, há os que aplaudam.
Ainda assim há que se fazer jornalismo, mesmo que incomode ao chefete de plantão.