O ministro da Educação, Abraham Weintraub, anunciou nesta quinta-feira (18) que deixará o cargo. Ele confirmou a saída em um vídeo ao lado do presidente Jair Bolsonaro.
Agradeço a todos de coração, em especial ao Presidente @jairbolsonaro
O melhor Presidente do Brasil!
LIBERDADE!https://t.co/zYLGh4hntI— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) June 18, 2020
O governo pretende indicar Weintraub para o Banco Mundial, em Washington, onde o Brasil lidera um grupo de nove países e, sendo o maior acionista, tem a prerrogativa de indicar o diretor da área.
Weintraub assumiu o cargo em abril de 2019, após a saída de Ricardo Vélez Rodríguez, e permaneceu no posto por 14 meses. No período, acumulou desafetos e disputas públicas com diversos grupos sociais – entre eles, a comunidade judaica e a representação da China no Brasil.
Mais recentemente, em encontro com o presidente Bolsonaro e outras autoridades do Executivo federal, Weintraub defendeu a prisão dos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), a quem chamou de “vagabundos”.
Ele é alvo no inquérito das fake news. O julgamento foi concluído na quarta (17) com o placar de 9 a 1 contra o ex-ministro.
Banco Mundial
A indicação de Abraham Weintraub para a diretoria-executiva do Banco Mundial depende da aceitação de outros oito países que são representados pelo Brasil. Do grupo fazem parte Colômbia, Equador, República Dominicana, Panamá, Haiti, Suriname, Trinidad e Tobago e Filipinas. Cabe ao Brasil indicar o diretor-executivo que lidera esses países.
A partir de agora, uma carta de indicação tem que ser enviada pelo ministro Paulo Guedes (Economia) para os oito países e, só após a aprovação do nome Weintraub, ele é oficializado no posto.
O cargo está vago desde a saída do economista Fábio Kanczuk, que voltou ao Brasil para ocupar a diretoria de Política Econômica do Banco Central, no ano passado. Enquanto isso, o grupo de países está sendo liderado por uma representante das Filipinas