O deputado federal Alexandre Frota (PSDB-SP) depõe, nesta quarta-feira 30, na Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investiga operações de disseminação de fake news nas redes sociais.
Segundo ele, há um grupo de trabalho dentro gabinete pessoal do presidente da República no Palácio do Planalto, pago com recursos públicos salariais para disseminar notícias falsas contra alvos políticos.
O parlamentar acusou os assessores Mateus Sales Gomes e Tercio Arnaud Tomaz comporem este grupo e acusou o vereador Carlos Bolsonaro (PSC-RJ), filho do presidente, de comandar milícias digitais responsáveis por espalhar informações falsas na internet.
De acordo com o parlamentar, a equipe trabalhou com Bolsonaro durante a campanha presidencial de 2018 e foi convidada pelo presidente da República para Brasília após a vitória eleitoral. Frota teria encontrado o grupo em uma oportunidade em que almoçou com Bolsonaro em Brasília.
Frota foi expulso do PSL em 13 de agosto, acusado de infidelidade partidária. A iniciativa partiu do próprio presidente da legenda, Luciano Bivar, após Frota fazer críticas públicas a Bolsonaro.