O pedido da Polícia Federal foi aceito pelo procurador-geral da República, Augusto Aras, e o presidente Jair Bolsonaro terá que tomar depoimento no inquérito aberto no STF. O mesmo investiga denúncias do ex-ministro Sérgio Moro (Justiça e Segurança Pública) sobre suposta interferência do presidente na PF.
A medida ainda deverá ser autorizada pelo ministro relator do caso no STF, Celso de Mello. Ainda não está claro como seria tomado o depoimento nem a data e o local
Se for levado em conta o precedente do inquérito que tratou do presidente Michel Temer em 2017 quando o ministro Edson Fachin determinou a oitiva, Bolsonaro poderá responder às dúvidas por escrito. Temer também foi ouvido dessa forma. Só depois que deixou a Presidência, em 2019, ele foi ouvido presencialmente na PF.
Prorrogação
Após o presidente Jair Bolsonaro afirmar que o inquérito da Polícia Federal contra ele será arquivado, o Procurador Geral da República, Augusto Aras, disse na TV Globo “o presidente esqueceu de combinar comigo”.
Na entrevista exibida na madrugada desta terça-feira, 2, Aras, tentou tentou passar a imagem de autonomia no cargo, considerando que vem sendo questionado pelos membros da instituição por seu alinhamento com o governo.