25 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade

Autor: Marcelo Firmino

No governo de elite, médicos ganham gratificação de até R$ 6 mil. Enfermeiros zero.

No governo de elite, médicos ganham gratificação de até R$ 6 mil. Enfermeiros zero.

Blog, Marcelo Firmino
A elite vive de proteger os seus. O resto é o resto. Ou seja não é e nem será prioridade nunca. A história tem revelado esse fundamento. Uma vez no poder, a elite não atua de outra maneira que não seja a defesa dos seus próprios interesses. Os melhores empregos para os de sua classe. Os melhores salários, idem. A melhores mamatas também. Mas, a qualquer questionamento a resposta vem em voz de trovão: -Aqui prevalece a meritocracia. Foi assim, com base na tal meritocracia, que o governo de Minas Gerais, agora na pandemia, decidiu instituir uma gratificação de até R$ 6 mil reais para os médicos que estão atuando no tratamento de pacientes com coronavírus. A mídia fez o estardalhaço pelo reconhecimento do governo. No entanto, o senhor governador Romeu Zema (Partido Novo), um d

Xingado e humilhado, Mandetta insiste em ficar no cargo: por quê?

Blog, Marcelo Firmino, Política
O apego ao cargo do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, é algo tão doentio como o é a horda de seguidores de Jair Bolsonaro que atacam o ministro pelas redes sociais da maneira mais covarde. Como se não bastasse, o próprio presidente corrobora com os ataques, quando não os desautoriza e ainda ironiza a situação de Mandetta dentro do governo. "O médico não abandona o paciente, mas o paciente troca de médico". disse Bolsonaro, mais uma vez sobre seu ministro. Ou seja, o presidente da República e sua tropa de milicianos digitais das redes sociais estão a tratar o ministro como o indesejável, ou quem sabe "o comunista", considerando que tudo que lhes contraria é tratado como tal. Se não quer o ministro, demita-o. Não o exponha de forma vergonhosa, com ataques traiçoeiros

Bancada da agricultura pede a demissão de Ministro da Educação

Blog, Marcelo Firmino, Política
Indicado por Olavo de Carvalho (guru da família Bolsonaro) para o Ministério da Educação, a situação de Abraham Weintraub, começa a complicar dentro do Palácio do Planalto. É que agora a bancada do agronegócios passou a pedir ao presidente Jair Bolsonaro a cabeça do ministro. Querem vê-lo, o quanto antes, longe do ministério. A reação surgiu após o constrangimento que Weintraub provocou com os chineses, a partir de uma postagem indevida contra o governo da China, considerado o maior importador  de carne bovina e frangos do Brasil. A bancada do agronegócios, que é poderosa no Congresso Nacional, já havia reclamado de uma postagem de Eduardo Bolsonaro que acusou a China de ter fabricado o coronavírus. Com isso as relações comerciais entre os dois países ficou estremecida. Ago

Vírus: gado berra morte aos políticos e bancos lucram mais de R$ 100 bi

Blog, Marcelo Firmino
  É impressionante como os arautos do bem estar da economia - e tudo por ela - silenciam com a relação à participação dos bancos que operam no Brasil, diante desse tsunami do coronavírus. Nem uma palavra, nem uma cobrança, em suma, omissão total. Ora, os bancos até agora não fizeram nenhuma contribuição, nenhum afago, nenhuma adoção. Absolutamente nada. Aliás, querem os trabalhadores nas ruas em nome da economia, de preferência fazendo filas quilométricas diante dos caixas. Para pagar boletos. Olha que os bancos poderiam contribuir e muito com as medidas de combate ao vírus e, sinceramente, com a assistência a quem mais precisa neste momento. Mas, não. Agora veja. Em 2019, numa economia de pibinho, os cinco maiores bancos do País tiveram um lucro líquido - livre

SUS joga na lata do lixo discurso neoliberal de profetas do estado mínimo

Blog, Marcelo Firmino
Nessa crise histórica do coronavírus não há como não louvar a existência do SUS - Sistema Único de Saúde - no Brasil. Ele é a antítese de tudo que os profetas do chamado "estado mínimo" já disseram contra os serviços públicos. O SUS é cria da Constituição Cidadã de 1988, quando determinou que é dever do Estado garantir saúde a toda a população brasileira. Em 2000 o sistema passou a ter administração tripartite: União, Estados e Municípios. Mas, o fundamental destacar é que nessa pandemia do coronavírus não fosse exatamente o Sistema Único de Saúde, o Brasil estaria vivendo a desgraça de uma tragédia extremada. Para onde correm os brasileiros sem a caríssima assistência dos planos particulares? Exatamente para a rede pública. E hoje até os que pagam seus planos estão correndo p

No samba do crioulo doido, Bolsonaro pode até virar Maria Fumaça

Blog, Marcelo Firmino
Quando Stanislaw Ponte Preta criou, em 1968, o Samba do Crioulo Doido – paródia musical sobre a confusão política no Brasil imperial – não imaginava jamais que o seu texto fosse transcender épocas e se manter tão atual. A confusão era tamanha na letra do samba que a escrava Chica da Silva queria obrigar a princesa Leopoldina a se casar com Tiradentes. Em síntese: “o bode que deu vou te contar”. Tal como no Brasil de hoje, na pandemia do coronavírus e nas trapalhadas horrendas provocadas pelo gabinete palaciano no Planalto Central, a partir do próprio presidente Jair Messias Bolsonaro. As confusões instituídas em torno do combate ao vírus deixaram-no só. Mais isolado do que ancião em UTI para tratamento do vírus. As diatribes praticadas pelo mandatário de plantão por não concor

Vírus: Crescente infecção de profissionais de saúde no País preocupa

Blog, Brasil, Marcelo Firmino
Um drama que vai se alastrando pelo País e preocupando, em demasia, a todo o sistema de proteção contra o coronavírus, é exatamente o crescente número de contaminação dos profissionais de saúde que estão em combate à doença. O despertar do Ministério da Saúde para a situação veio após a contaminação pelo Covid-19 do médico Davidd Uip, Coordenador do Centro de Contigência contra o Coronavírus no  Estado de São Paulo. Uip, de 67 anos, é infectologista do Hospital Sírio Libanês. Ele está em isolamento domiciliar. Só que casos como o dele começam a se espalhar pelo País. Só em Volta Redonda, no estado carioca, 10 dos 28 registros confirmados na cidade são de médicos do Hospital da Unimed. A preocupação das autoridades de saúde é no sentido de que o Brasil não sofra a mesma trag

Cidadania faz representação contra Bolsonaro: ‘é hora de parar esse louco’.

Blog, Marcelo Firmino
O Cidadania 23, ex-PPS, protocolou nesta segunda-feira, 30 uma representação na Procuradoria Geral da República (PGR), contra o presidente da República, Jair Bolsonaro. -É preciso parar esse louco que a ameaça a civilização brasileira. A manifestação é do presidente do partido em Alagoas e dirigente nacional da legenda, Régis Cavalcante. Segundo ele, a representação criminal entre ao PGR, Augusto Aras, foi por infração de medidas sanitárias. Segundo Cavalcante o partido historiou no documento relatos de como o presidente colocou em risco demasiado à saúde pública por várias vezes. O documento fala da convocação que Bolsonaro fez a população para ir às ruas contra o isolamento social até o passeio que deu neste domingo, 29, pelas cidades satélites do Distrito Federal, abraça

Espertalhões: Deixem morrer 7 mil pessoas mas não parem a economia

Blog, Marcelo Firmino
Deixem morrer 6 ou 7 mil pessoas, mas façam a economia andar. Essa é a lógica de uns espertalhões do mercado financeiro que colocam os seus lucros acima da vida humana. O caso do senhor Júnior Durski, dono dos restaurantes Madeiro e Jeronimo Burguer não é um fato isolado. A vida humana para essa gente não tem valor algum. Vale mais o poder do dinheiro que adquiriram e querem muito mais. Infelizmente, esse raciocínio também é do Presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Seu discurso em cadeia nacional de TV, nesta terça-feira, 24, não se deu à toa. A direção é a mesma e de forma combinada. A vida humana estará sempre à reboque da voracidade do capital econômico, principalmente em terras como a nossa, onde uma maioria insensata faz do fanatismo político a sua razão de ser. Agora

Mercado dá meia volta, retira bilhões da bolsa e deixa a tragédia com o SUS

Blog, Economia, Marcelo Firmino
Uma das máximas do neoliberalismo é propagandear que o mercado se dando bem, tudo o mais vai ser assim também. Imagine que o governo Bolsonaro, logo que assumiu, tratou bloquear recursos da educação e da saúde para destinar o dinheiro ao mercado, graças a orientação do ministro Paulo Guedes, um homem a serviço dos investidores. Veja que na Saúde, só do programa imunização, - fundamental nos dias de hoje - o governo cortou R$  500 milhões no fim de 2019. Era o início do fundamentalismo anti-vacina. O argumento do Ministério da Economia era exatamente poupar dinheiro para injetar no mercado financeiro, via bancos e fundos de pensão. Notadamente, seguindo a cartilha do estado mínimo, que preconiza o fim do setor público com a cantilena de que tudo que é privado é mais importante