Os estados do Nordeste compraram 600 respiradores artificiais chineses eles estava para chegar na Bahia. Mas a carga ficou retida no aeroporto de Miami (EUA), onde fazia conexão aérea para ser enviada ao Brasil.
O contrato no valor de R$ 42 milhões assinado pelo governo da Bahia como representante da região foi cancelado pela empresa fornecedora sem maiores explicações, no início da semana. A única alegação foram “razões técnicas”
A empresa, que não teve o nome revelado, disse que a carga teria outro destino, não especificado. Presumisse que os equipamentos se destinem agora ao combate da crise do coronavírus nos EUA, que teriam acertado pagar mais à empresa chinesa.
Agora, os governadores precisarão pagar mais ainda para conseguir os equipamentos com outro fornecedor. Claro, o valor anterior não chegou a ser desembolsado pelo governo baiano.
EUA controlam equipamentos
Desde que o presidente Donald Trump percebeu a gravidade crise e moderou as críticas à China, ele vem usando o país asiático para busca de doações e compra de equipamentos. E outros países têm sido preteridos.
Nesta mesma semana, com uma oferta de pagamento em dinheiro vivo e de três a quatro vezes mais caro que o preço original, os EUA tiraram da França máscaras encomendadas. Elas foram adquiridas por americanos na pista de aeroportos chineses, momentos antes de embarcar a seu destino.
E com a hostilidade aberta da base bolsonarista à China, incluindo do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), os governadores têm feito contatos diretamente com a embaixada.
Na última terça (31), anunciou a chegada de 50 mil pares de luvas doadas ao governo do Maranhão, com ajuda da CCCC e de empresas brasileiras. O estado é governado pelo comunista Flávio Dino.