24 de abril de 2024Informação, independência e credibilidade

Wagner Melo

Wagner Melo é jornalista profissional formado pela Universidade Federal de Alagoas (Ufal/2000) e pós-graduado em Comunicação Empresarial pelo Cesmac (2010). Possui experiência em assessoria de imprensa, redação publicitária e passagem em veículos como a Gazeta de Alagoas (onde foi revisor, repórter de Cidades e Política e, posteriormente, editor-adjunto de Cidades) e Folha de S. Paulo (colaboração em Alagoas). Também foi repórter na Secretaria Municipal de Comunicação (Secom) de Maceió e é coautor do livro “Maceió: Perspectivas e Desafios”.

Matar e morrer resolve alguma coisa?

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Investigações do Ministério Público do Rio de Janeiro identificaram a movimentação de R$ 1,2 bilhão pelo PCC com o tráfico de drogas, segundo reportagem que li no Correio Braziliense. Pergunto: essa grana toda fica no morro, com aqueles pretos que morrem nas mãos do Estado e são condenados pela sociedade moralista cristã antes mesmo de terem seus nomes revelados? Por que na maior apreensão de fuzis da História do Brasil, na casa do vizinho de Bolsonaro, a ação da polícia foi discreta e ninguém saiu com, ao menos, um arranhão? No Jacarezinho, foram 28 mortos, incluindo um policial, que foi enviado a serviço para morrer, a mando do patrão (governo). O sistema é podre. Maus políticos, pastores, magistrados e até policiais ganham muito com a venda de drogas, mas, para a sociedade, só

Seria Manaus o nosso campo de experimentos nazistas?

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Se as declarações do vice-governador do Amazonas, Carlos Almeida Filho (sem partido) à Folha de S. Paulo forem comprovadas, é fato: o governo do extremista de direita Jair Bolsonaro repetiu experimentos nazistas no Brasil. Segundo ele, o alinhamento do governador Wilson Lima (PSC) com o presidente transformou Manaus em um laboratório gerador da nova cepa de Covid-19. Como resultado, milhares de pessoas morreram, assim como nos campos de concentração durante a Segunda Guerra Mundial. Os políticos cristãos queriam provar que a tal da imunidade de rebanho seria a saída para combater o novo coronavírus. Seria uma forma de conviver com a doença sem “prejudicar a economia”. Olhem no que deu. Enquanto a ciência e as nações que deram certo mostram que a vacinação e o isolamento social

Doente e com fome, o Brasil perece

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Os telejornais voltaram a dar aquelas notícias que há tempos não via: pessoas passando fome aos montes, recebendo alimentos de doadores. Isso é reflexo de uma dura e triste realidade. O Brasil voltou ao mapa mundial da fome. Isso era previsível, pois, o povo, iludido, escolheu um projeto neoliberal para a Nação. Ou seja, optou pela concentração de renda e de exploração dos mais vulneráveis, que é inerente a este modelo de sociedade. A pandemia só fez acelerar o processo, que poderia ser minimizado caso no mais alto cargo do país houvesse um estadista com visão social. De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), quando a fome alcança patamar acima de 5% da população, o país começa a aparecer no mapa da fome, criado pela entidade no início deste século. “O Brasil, desde

Vereador abre caixão lacrado para ‘provar’ que homem não morreu de Covid-19 e expõe desumanidade

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A era do espetáculo, sobrepondo-se à razão, está nos levando a um limite perigoso. Essa atração pelo grotesco, concretizada com a eleição de blogueirinhos imbecis, está despertando o inseto que existe em certos humanoides. O negacionismo bolsonarista não tem cara, idade e, muito menos, partido político. Por isso, me espanta que um vereador filiado ao Partido dos Trabalhadores (PT) tenha protagonizado uma das cenas mais dantescas da história da humanidade. Em um vídeo, que viralizou, a besta abre o caixão de um idoso a faca, que estava lacrado, para “provar” que o homem não morreu de Covid-19. O nome dele é William Faria, de Santa Bárbara do Leste, município de Minas Gerais. Veja: Vereador abre caixão com facão para provar que homem não morreu de COVID-19https://t.co/P1PWO

Sem conhecer a verdade nós nunca nos libertaremos

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"E conhecerão a verdade, e a verdade os libertará". Bolsonaro repete este versículo bíblico (João 32:8) como um mantra e parece acreditar mesmo nele. Tanto que, como não tem apreço pela liberdade, esconde a verdade do povo. Assim, acredita que o povo não se libertará da miséria e da falta de perspectiva que aflige as atuais e futuras gerações. A não realização do censo do IBGE é uma estratégia, um projeto. Ano que vem, haverá eleição e o governante não quer que a verdade sobre a realidade do país seja conhecida oficialmente. Não quer dar munição aos opositores. Se para o comitê eleitoral de Bolsonaro este "apagão" de dados é estratégico, para o país é catastrófico. Sem os dados do IBGE, como serão elaboradas políticas públicas? Como saber onde investir recursos públicos se a gente

Deus tem cada advogado…

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Paulo Gustavo leva alegria a milhões de brasileiros fazendo humor. É casado com um médico e tem dois filhos. Uma família que foge ao padrão tradicional, é verdade. Outra verdade é que a relação dele com o marido é melhor do que a de Flordelis com o finado Anderson do Carmo. E que a relação do intérprete de Dona Hermínia com as crianças, certamente, é muito mais sadia do que a de “Doutor” Jairinho com suas vítimas, sendo o menino Henry a mais desafortunada delas. Apesar de tudo, adivinha quem incomoda o pastor José Olímpio, da Assembleia de Deus (será mesmo d’Ele?) aqui de Alagoas? O pastor desejou a morte do humorista, que luta contra a Covid-19, pelo simples fato de Paulo Gustavo ser homossexual. Essa história rende desde a semana passada, não vou relembrar. Felizmente, uma gr

Olha pra frente, Brasil!

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Ir ao supermercado virou gatilho de depressão. É porque neste local a gente tem noção de como está empobrecendo. Nosso poder de compra está indo pelo ralo. Aliás, agradeça se tem poder de compra ainda, pois, muitos deixaram de tê-lo com a falta de emprego ou demissão. E se está desempregado agradeça por estar vivo. A pior gestão da pandemia do mundo está mostrando seus resultados. A fome e o crescimento da miséria saltam aos olhos. É o resultado que o povo brasileiro colhe por ter escolhido um meme como presidente da República. Repito que ele se elegeu prometendo fazer do Brasil o que era há 40 anos. O povo escolheu o retrocesso e está colhendo os frutos disso. Nunca vi Bolsonaro falando em construir creches, escolas, investir no crescimento do país. Ao contrário, o governo

Fanáticos invadem estúdio para agredir radialista que criticou o “mito”

Blog, Wagner Melo
O jornalista José Simão costuma dizer que somente acha gays escandalosos quem nunca viu machos escrotos defendendo Bolsonaro. Brincadeiras à parte, o fanatismo está chegando a um ponto em que somos obrigados a ver registros lamentáveis como a quase agressão física ao radialista Júnior Albuquerque, da Rádio Comunidade, no município de Santa Cruz do Capibaribe, Agreste de Pernambuco. Assista: https://www.youtube.com/watch?v=nW-jx90y5QY&feature=emb_imp_woyt O que o profissional da comunicação fez para ser alvo de reação tão agressiva por parte de quatro homens? Ele criticou a falta de uma política sanitária do governo federal diante da pandemia de Covid-19. Quem não tem argumentos parte para a agressão. É por isso que a corja fanática bolsonarista tenta intimidar fisica

Obedeçam a deus e esqueçam os pastores

Blog, Wagner Melo
Cresci ouvindo que deus é onisciente, onipotente e onipresente. Isso foi antes dele ser aprisionado pelo neopentecostalismo, esta vertente que usa a divindade como um mero instrumento político ou um meio de dar dinheiro e poder a homens de índole duvidosa. Acho que o ministro Gilmar Mendes deve ter tido essa clareza ao decidir manter os currais eleitorais e fonte de arrecadação de dinheiro fechados, ao menos, em São Paulo. Com fé em qualquer coisa, o plenário do Supremo deve derrubar a reabertura dos templos em todo o país nesta quarta (7). Mais uma vez, Mendes teve que corrigir uma cagada do colega ministro do STF Kassio Nunes, que liberou os cultos e missas, em meio a uma pandemia, tomando como base de seu descalabro uma decisão da... Suprema Corte dos Estados Unidos. Quem se

Nossas energias estão sendo mal direcionadas

Blog, Wagner Melo
Enquanto o coronavírus faz mais de 3,5 mil mortes por dia no Brasil, estamos gastando energia desnecessariamente contra o Bolsonarismo. Nesta quarta-feira (30), o Congresso Nacional reagiu fortemente e rechaçou um projeto de lei que, se aprovado, autorizaria Bolsonaro a decretar Estado de Sítio com prerrogativa de crise sanitária. Hoje, isso só é permitido em caso de guerra. Tão nocivo quanto o novo coronavírus é o bolsonarismo. Essa gente está sempre esticando a corda para testar os limites da democracia. É desgastante combater diariamente a escalada autoritária desse governo. Com a medida, o presidente teria amplos poderes para bloquear as ações de governadores e prefeitos, que têm evitado mortes. Aliás, acredito que se fortalece a tese de que o presidente aposta no caos. Tod