Jair Bolsonaro decidiu, nesta terça-feira (28) tirar Vicente Santini do cargo de secretário-executivo da Casa Civil. Número dois da pasta, ele viajou à Índia em uma aeronave da Força Aérea Brasileira (FAB) e irritou o presidente.
A destituição de Santini do cargo foi anunciada em entrevista na chegada ao Palácio da Alvorada, após retornar da viagem oficial que fez à Índia.
O Número dois da Casa Civil utilizou o voo da FAB na condição de ministro em exercício, já que o titular Onyx Lorenzoni está em férias. Santini viajou no dia 21 do Brasil para Davos, na Suíça, onde participou do Fórum Econômico Mundial, e de lá para a cidade indiana, onde se juntou à comitiva presidencial.
Todos os deslocamentos foram feitos em um jato Legacy, da Aeronáutica. Bolsonaro ficou irritado, pois Santini poderia ter viajado em voo comercial, como outros ministros fizeram.
“Inadmissível o que aconteceu. Já está destituído da função de secretário executivo do Onyx. Decidido por mim. Tá, vou conversar com o Onyx, ver quais outras medidas podem ser tomadas contra ele. É inadmissível o que aconteceu. Ponto final”. Jair Bolsonaro, presidente.
Além de Paulo Guedes (Economia), que pagou um “upgrade” para viajar de classe executiva do próprio bolso, também foram em voos regulares a ministra Tereza Cristina (Agricultura), Bento de Albuquerque (Minas e Energia) e Luiz Henrique Mandetta (Saúde).
Santini viajou acompanhado de mais duas servidoras. A secretária do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI), Martha Seillier, e a assessora internacional do PPI, a diplomata Bertha Gadelha. O governo não informa o custo da viagem, mas um deslocamento como este não sai por menos de R$ 740 mil.