Bolsonaro e Mandetta com direito a reza: será pelo cargo?

Na manhã desta quarta-feira, 8, o presidente Jair Bolsonaro teve uma reunião isolada com o Ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta e enquadrou mais vez o ministro. Mandetta.

E se o presidente já acha que o chefe da pasta de Saúde transformou-se em uma “estrela” e fala demais, Mandetta luta para manter o distanciamento social, apesar dos impactos econômicos.

Bolsonaro chegou a preparar o ato de demissão do ministro, na segunda-feira, 7, mas foi convencido por generais do governo a não fazê-lo. E na reunião desta manhã, o uso da hidroxicloroquina mais uma vez foi pauta. E claro, a questão econômica:

Em uma conversa recente, Bolsonaro, defensor do fim do isolamento total, confrontou Mandetta:

“Só toma cuidado com uma coisa. Você vai salvar o pessoal da gripe, mas vai matar o pessoal de fome. Olhe para o que acontece na Venezuela”. Jair Bolsonaro, presidente.

Segundo o presidente, se a quarentena recomendada pelo ministro se estender por mais alguns meses, o Brasil poderá mergulhar em uma profunda crise econômica. Assessores que presenciaram esse embate tentaram apaziguar os ânimos. Mas não adiantou.

O cargo do ministro da Saúde está por um fio. Nos últimos dias, o presidente deu o aval para o deputado federal Osmar Terra (MDB-RS), ex-ministro da Cidadania e candidato a assumir o posto de Mandetta, para conduzir a interlocução do Palácio do Planalto com uma equipe de médicos renomados e companhias do setor.